sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Rallye de Monte Carlo

O "Automobile Club Mónaco" na verdade organiza, pelo menos, duas das provas mais míticas do mundo automobilístico. Estou a falar do Grande Prémio do Mónaco em formula 1 e do Rallye de Monte Carlo.
Realmente quando se fala de automóveis é impossível não falar dessas duas corridas e das 24 horas de Le Mans, serão, na minha opinião e penso que na opinião da maioria das pessoas as provas mais importantes. Não deve haver ninguém que não sonhe em um dia ver essas provas ao vivo.
Foto característica  dos troços de Monte Carlo
Alpine Renault A 110
Austin Cooper S
Como estamos em Janeiro, o tema é o grande Rallye de Monte Carlo. Foi no longínquo ano de 1911 que se realizou o primeiro rallye. Nessa altura este rallye tinha a particularidade de as partidas serem em várias capitais europeias, fazendo os concorrentes um percurso de concentração que era igual para todos em quilometragem e a acabar em Monte Carlo. Só depois começava o percurso comum e esse sim iria "ser a doer" para encontrar o vencedor. Na sua primeira edição o vencedor foi Henri Rangier num Turcat-Méry de 25hp !!!
Lancia Stratos HF
Mais tarde as partidas das várias cidades europeias, foram abandonadas, centralizando a prova no Principado do Mónaco e ao longo da Riviera Francesa. A maior polémica desta prova ocorreu no ano de 1966 quando os quatro primeiros calcificados três Minis (Timo Makinen, Rauno Aaltonen e Paddy Hopkirk) e o Ford cortina de Roger Clark, foram desclassificados por usarem lampadas de iodo !!!!!!!!!!!!!
Ford Escort 1800 RS
A vencedora das senhoras, Rosemary Smith num Hilman Imp também foi desclassificada pelo mesmo motivo. Ao todo foram dez pilotos desclassificados, acabando por ganhar Pauli Toivonen num Citroen ID. A credibilidade do rallye ficou bastante abalada durante uns tempos com este "estranho" caso.
Porsche 911 SC
Desde 1973 que o rallye se disputa sempre no principio de Janeiro, pelo que as condições atmosféricas são sempre muito inconstantes, com chuva, neve, gelo e também piso seco, por isso a "lotaria" dos pneus é muito importante. A escolha de determinado tipo de pneu para troços com 30 e mais Kms pode decidir o rallye. Já se ganharam e perderam rallyes porque o pneu não era o certo.
O Col de Turini é sem dúvidas o troço mais famoso do rallye pela sua extensão e pelos seus ganchos seguidos, de qualquer modo o Burzet e Saint Nazaire le Désert também são referencias na prova.
Opel Kadett GTE
Renault 5 Turbo
Em 2011 para assinalar o centenário do rallye, e só nesse ano, o rallye voltou a partir de várias capitais, foram escolhidas Barcelona, Varsóvia, Glasgow e Marrakesh.
O ACM organiza também no fim de Janeiro principio de Fevereiro o Rallye Monte Carlo para carros históricos que já vai na sua 18ª edição. Nessa prova são autorizados veículos que participaram no rallye entre os anos de 1955 a 1980.
Lancia Delta S4
Peugeot 205 T16
Para finalizar os grandes vencedores do Monte Carlo, até hoje foram: Sebastien Loeb com 7 vitórias, Sandro Munari e Tommy Makinen com 4 vitórias, e com 3 vitórias Sebastien Ogier, Carlos Sainz e Walter Rohrl.


Subaru Impreza
Audi Quattro S4
Toyota Celita GT4
Mitsubishi Lancer EVO VI








Citroen C3 WRC









VW Polo WRC





NOTA: as fotos dos carros que deixo são apenas para assinalar as marcas que mais vitórias tiveram em Monte Carlo e apenas um modelo de cada marca, sem referencia a pilotos, porque senão iria ser difícil colocar tanta foto na crónica.





quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Stefan Bellof

No dia 1 de Setembro de 1985 com 28 anos, morreu este jovem talento alemão, que segundo consta já teria um pré-acordo com a Ferrari para duas épocas a começar em 1986, fazendo companhia a Alboreto.
F2 com a Maurer/BMW
Também segundo os comentários da maior parte dos jornalistas internacionais da especialidade, este seria, quase de certeza o primeiro campeão do mundo de F1 alemão.
Stefan Bellof começou nos karts, como a maioria dos pilotos de formulas, e em 1979 fez o campeonato alemão de formula ford, repetiu no ano seguinte e seria campeão.
Estreia com  Porsche Kremer
Teste na McLaren F1 com Senna  em 1983
Em 1981 faz algumas provas de formula 3 alemã e também algumas de formula ford 2000, com alguns bons resultados em ambas as categorias. Esses bons resultados fizeram-no notado por Willy Maurer, que se tornou seu manager, além de o levar para fazer a época de 1982 na sua equipa de formula dois com motores BMW, Maurer também conseguiu que o seu piloto se estreasse nos sportscar fazendo equipa com Stommeler num Porsche Kremer CK5.
Estreia na F1 com Tyrrel/Ford
O seu notável talento, fez com que a equipa oficial de sportscar da Porsche/Rothmans o levasse para fazer equipa com o experiente Derek Bell na época de 1983, mantendo também com a Maurer o campeonato de formula dois. Esta maravilhosa primeira época completa, teve a cereja no cume do bolo, quando Ron Dennis o convidou para se juntar ás jovens esperanças Senna da Silva e Martin Brundle, e testar o McLaren de F1. Digamos que esse treino só provou o seu talento, pois ficou a centésimos de segundos do melhor tempo, de um tal Ayrton Senna da Silva.
Eis como ficou o Porsche depois do acidente fatal
Em 1984 manteve-se com a Porsche/Rothmans e Bell no campeonato de sportscar, que acabariam por vencer. Como o que Bellof gostava mesmo era de correr fazia também outras provas de sportscar com a Porsche Brun tendo como colega outro "monstro" da resistência Hans-Joachim Stuck. Foi também o ano de estreia na F1 com a equipa Tyrrel, mas seria uma época para esquecer, pois a Tyrrel viria a ser desclassificada do mundial por estar ilegal no peso e na gasolina. Nessa temporada, na altura dos motores 1.500cc turbo, era a Tyrrel a única equipa com motor atmosférico o velho ford V8 com menos 150 hp que a concorrência.
O ano de 1985 seria, ou deveria ser, o grande ano de Bellof. 
Logo após o impacto o Porsche incêndiou-se
Nos sportscar continuou em duas frentes. Na equipa oficial a Rothmans juntou-se à velha equipa (Bellof-Bell) o inglês John Watson, e na equipa Brun tinha este ano como companheiro o belga Thierry Boutson. 
Na F1 a Tyrrel no meio da época passou a dispor dos motores Renault V6 turbo, que eram os melhores na época.
Estavam reunidos todos os pressupostos para uma época em grande, uma época para reconfirmar tudo o que se dizia acerca de Stefan Bellof.
O Porsche oficial de Bellof / Bell / Watson
Stefan Bellof
Tudo corria pelo melhor até ao fatídico dia 1 de Setembro, no circuito de Spa-Francorchamps na Bélgica, quando na volta 78 ao discutir, no seu Porsche privado da Brun, com Jacky Ickx no Porsche Rothmans, a entrada para a curva de Eau Rouge os Porsche se tocaram e abalaram desgovernados naquela que é uma das curvas mais rápidas de todo o mundo. Sorte de Ickx que foi batendo lateralmente nos rails,ao contrário de Bellof que acaba por se esmagar mesmo de frente contra um morro, e ainda teve um principio de incêndio.
Foi muito complicado para retirar o alemão de dentro do Porsche, e quando o conseguiram acabou por morrer no caminho para o hospital devido às graves lesões internar que apresentava.
Depois dessa prova a segurança dos Porsche 956 seria posta em causa, pois também o alemão Manfred Winkelhock tinha morrido em Agosto no Canadá em condições muito parecidas.
No fim desse ano foi retirado da competição pela Porsche os 956 que foram um dos marcos da casa de Stuttgart durante anos e também o de muitas equipas privadas que ganharam muitas corridas como a Brun Motorsport, Kremer, Jost Racing, Richard Lloyd Racing e a Obermaier Racing Team.


quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

"O Mágico"

Ayrton Senna da Silva, o mágico como alguns lhe chamavam.
Foi complicado prepara esta crónica, por dois motivos:
1- Ele foi, é e será sempre o meu ídolo.
2- A informação sobre Senna é tanta e tão rica que esta crónica se fossemos fazer uma retrospectiva sobre a sua carreira, teria folhas e folhas, sendo quase um livro
Donington Park
Contarmos o início na formula Ford inglesa, a Toleman como começo na F1, a Lotus como a afirmação do seu talento, a McLaren como a confirmação não de um talento mas de um super dotado e por fim essas últimas corridas na Williams até ao malfadado circuito de Imola, seria narrar o que todo o mundo já ouviu falar. Contarmos as seis vitórias no Mónaco, seria narrar o que todo o mundo já ouviu falar. Contarmos as suas "guerras" com Alain Prost, seria narrar o que todo o mundo já ouviu falar. Contar que fazia da perfeição e profissionalismo a sua maior arma, seria narrar o que todo o mundo já ouviu falar. Contar que ser 2º era muito mau para ele, "o primeiro dos últimos" como ele dizia, seria narrar o que todo o mundo já ouviu falar.
Agora vejam juntar isto tudo seria muita informação correndo o risco de se tornar monótomo  de tantas vitórias, tantas voltas mais rápidas, tantas poles.
Assim resolvi relatar aquela que foi considerada a grande corrida de Ayrton, talvez a corrida da sua vida.
Partida para o G.P. Europa em Donington
Era um ano muito difícil para a McLaren e para Senna. A Honda tinha retirado o seu V10 da competição, a Renault por pressão de Prost e da Williams não cedeu motores V10 para a McLaren, então restava o velhinho Ford Cosworth V8, mas mesmo o velhinho pois a Benetton já tinha um contrato de exclusividade com a nova versão do Ford V8. Senna não queria correr pela McLaren pois o seu desejo de vitória estava seriamente comprometida com um motor claramente inferior ao de toda a concorrência. Ron Dennis lá convenceu, a troco de muitos $USD (1 milhão por corrida), que Senna corresse e recebesse prova a prova!!! Isto, mais uma, era inédito na F1. O piloto decidia ok vou correr, faz a transferência!!!
Nos testes da pré época Senna viu logo que não tinha carro para ganhar, no entanto também não havia mais opções. Tinha um bom, muito bom mesmo chassi e um mau motor, e assim lá arrancou para o começo da época na África do Sul, com toda a garra e raiva que lhe conhecia-mos.
Primeira surpresa faz 2º lugar na África do Sul graças a uma corrida muito inteligente, outra das grandes virtudes do brasileiro, era muito inteligente.
Partiu mais animado para o próximo GP que era o "seu" GP Brasil. Corrida bastante difícil porque chovia, mas claro que era difícil para os outros, porque Senna na chuva ainda era melhor que Senna no seco e o resultado foi ... uma vitória!!!
Chegamos a terceira corrida, a nossa corrida. Donington Park em Inglaterra o GP da Europa.
Donington é um circuito de 4,023 kms muito rápido, pelo que os treinos mandou o nosso campeão para o 4º lugar da grelha, depois de Prost, Hill e Shumacher.




No fim da corrida a comemorar o 1º lugar
No dia da corrida, boas notícias para Senna e más para os adversários ... chovia. 
Na partida, ao contrário do esperado Senna perde uma posição para Wendlinger na primeira curva e fica no 5º lugar. Continua e com um andamento extra terrestre passa Wendlinger, depois Shumacher, segue-se Hill e por fim Prost, quando o pelotão cruza a linha da meta na primeira volta, para espanto de todos é Senna quem vem na frente. Comandou essa prova da primeira à última volta e ainda fez a volta mais rápida em corrida. Essa volta mais rápida foi feita de uma maneira surreal. Senna percebeu que se entrasse para a box, fazia uma curva muito antes da curva que dava acesso para a recta da meta. Ora como nessa altura não havia limite de velocidade no pit-line, Senna entrou para a box, mas não parou seguiu a fundo e saiu da box sempre a fundo, fazendo assim a volta mais rápida em corrida. Convém lembrar que a corrida teve várias paragens para troca de pneus, pois o tempo estava muito instável e depois de período de muita chuva a pista secava e os motores mais potentes ganhavam tempo a Senna, mas nunca puseram em perigo o seu primeiro lugar. Aliás Senna deu nessa corrida uma volta ao 3º lugar (Prost) e o 2ª lugar (Hill) também levou uma volta, mas Senna deixou-se desdobrara na última volta da corrida.
Nesse ano de 1993, último de Senna na McLaren, além destas três corridas, ainda conseguiu ganhar no Mónaco, Japão e na última corrida do campeonato a Austrália, e um 2º lugar em Espanha, o que lhe valeu o vice campeonato com 73 pontos.
Uma curiosidade foi na noite em que Senna ganhou o seu último GP pela McLaren em Adelaide, Austrália, havia um concerto de Tina Turner. Ayrton subiu ao palco e a "miss hot legs" sua admiradora cantou e dedicou-lhe  a cançaõ  "Simply de Best".


Ayrton Senna da Silva "O mágico"










sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Dakar


Um dos concorrentes iniciais do ralli

Paris / Dakar, Ralli Dakar ou simplesmente Dakar. Estes foram os nomes utilizados para denominar a mais complicada prova automobilística de sempre, embora hoje em dia já não seja a mesma coisa, nem o mesmo carisma que tinha em 1978 quando em 26 de Dezembro foi para a estrada a sua primeira edição.

No principio um carro 4x4 era um luxo
Thierry Sabine um motard francês no ano de 1977 ao participar no raid  Abidjan - Nice perdeu-se no deserto do Ténéré, foi então que nasceu a ideia de montar um ralli para todos as viaturas (carros-camiões-motas) que partice de França e chegasse a Dakar atravessando desertos, pistas de pedra e a savana africana.
O "nosso" UMM na sua primeira
ainda com o motor diesel de origem
Criou a TSO (Thierry Sabine Organisation) com o seu pai Gilbert Sabine e a sua primeira edição como disse foi para a estrada no ano de 1978 com 170 inscritos dos quais só 69 chegariam a Dakar.
Thierry Sabine o grande mentor do Paris / Dakar
No início o ralli tinha um espírito completamente diferente, havia uma entreajuda entre todos os concorrentes e os carros eram muito artesanais. Com o passar dos anos a prova foi ganhando uma notoriedade enorme e com isso as marcas começaram a olhar para "aquela aventura de malucos" com outros olhos.
Na minha opinião, foi esse olhar das marcas, e também a grande mediatização que a prova começou a ter, que "matou" o Dakar ou pelo menos o espírito do Dakar. Começaram a aparecer os protótipos e os pilotos profissionais, o cronometro ditava a leis e a entreajuda, normalmente só havia nos amadores. Mais tarde as grandes equipas até se davam ao luxo de inscrever, por exemplo 5 carros sendo que 2 seriam para pilotos menos rápidos com a função de dentro da prova ajudar os seus colegas "designados" para ganhar !!!
René Metge comandou o Dakar durante quatro anos
O segundo grande golpe que o Dakar levou, foi no ano de 1986 quando no Mali o helicóptero onde seguia Thierry Sabine se despenhou devido a uma tempestade de areia, causando a morte de todos os ocupantes.
Morria o mentor, a alma e o equilíbrio que o ralli precisava para combater a super profissionalização que estava a ter.
Os buggys começaram a marcar a prova
Este Porsche foi feito a pensar no Dakar
No ano seguinte 1987 a TSO contratou Patrick Verdoy para director de prova, mas não correspondeu ás espectativas que Gilbert Sabine depositava nele, pelo que no fim da prova prescindiram dos seus serviços. Como curiosidade Verdoy saiu, mas não foi sozinho, pois "levou" a viúva de Thierry Sabine com ele.
O terceiro homem Hubert Auriol
Como já se tratava de uma prova muito importante e profissional, com um staff e meios enorme, tinha que se encontrar a pessoa certa para comandar por dentro a prova, e nada melhor que alguém que já lá tivesse andado.  Assim entre 1988 e 1991 foi René Metge, conceituado e polivalente piloto francês, que inclusive ganhou esta prova 3 vezes, que passou a "mandar" no Dakar. 
Depois de Metge outro nome grande do Dakar como motard (2 vitórias) e de automóvel (1 vitória) Hubert Auriol esteve á frente da prova entre 1992 e 2004, foram 12 anos de grandes sucessos e grandes lutas de equipas altamente profissionais.
A UMM motorizou o seu jeep com um V6 (PRV)
Um dos pontos negativos desta prova, e dos mais falados, infelizmente, é o elevado numero de mortes que foram ocorrendo durante os anos, não só nos pilotos, principalmente os de mota, como no publico que inadvertidamente se colocava ao longo do percurso para ver passar a caravana.
O novo Peugeot para 2015
A situação politica em Àfrica, que nunca foi famosa, foi-se agravando ao longo dos anos, e depois de alguns episódios aqui e ali dos extremistas radicais, teve o seu ponto alto no ano de 2008, que seria o terceiro ano que o ralli saia de Lisboa, o mesmo foi anulado na véspera por ameaças desses grupos.
Para mim o Dakar morreu aqui !!!
Citroen dominou com Lartigue
Como grande negócio que é este evento, evolvendo milhões e milhões de euros, logo foi descoberta uma saída para este problema. O Dakar passou-se para a América Latina !!!
A Mitsubishi durante anos lutou
pela primeira posição
Qual a lógica? Um ralli chamado Dakar e disputa-se na Argentina e no Chile?
Pois é mesmo assim, lá continua a prova, nem quero entrar na discussão se melhor ou pior, mas uma coisa para mim é certa:
- Já não é o  Paris Dakar, Ralli Dakar ou simplesmente Dakar.
Os Mini das X-Raid
Claro que as marcas continuam a bater-se para ganhar, o circo mediático continua, e os milhões e milhões de euros passaram para mais milhões mas de $USD.
A "frota" da VW com os Tuareg
O tal camião DAF que ganhou etapes à geral
Como devem calcular vários nomes merecem o seu destaque nesta prova. É difícil mencionar todos, por isso, correndo o risco de alguém ficar de fora sem o merecer, é esta a minha lista das principais  figuras do Paris / Dakar, dentro de parentes o numero de vitórias.





Da Rússia os Kamaz












AUTOMÓVEIS - Stephane Peterhansel (5), Ari Vatanen (4), René Metge (3), Pierre Lartigue (3) e Jean-Louis Schlesser (2) sempre num buggy. Além destes destaco com apenas uma vitória nomes sonantes de outras modalidades como: Carlos Sainz em 2010 num VW Tuareg, Jacky Ickx em 1983 num jeep Mercedes, Bruno Saby 1993 em Mitsubishi Pajero e em 2001 a única mulher até hoje a ganhar a prova a alemã Jutta Kleinschmidt também em Mitsubishi Pajero.

MOTOS - Stephane Peterhansel (5), Cyril Neveu (5), Cyril Desperes (5), Edi Orioli (4), Marc Coma (4), Richar Sainct (3), Hubert Aurioli (2), Gaston Rahier (2), Fabrizio Meoni (2)

CAMIÕES - Vladimir Chagin (7) é o grande realce desta categoria, conhecido como o "Czar das Areias" este russo e o seu Kamaz dominaram sempre a sua categoria. Teve durante tempos a grande concorrência do holandês Jan de Roy que em 1987 o seu potente camião DAF chegou a fazer 1º lugar em etapes à frente dos automóveis !!! Tiveram que modificar as regras dos camiões para os tornar menos rápidos após um acidente em que morreram os três ocupantes do camião.

AUTOMÓVEIS + MOTOS 
Stephane Peterhansel (10)  5 de automóvel + 5 de mota
Hubert Auriol (3) 1 de automóvel + 2 de mota 
Nani Roma (2)  1 de automóvel + 1 de mota
Estes são os três grandes Homens que tiveram a honra, até hoje, de ganhar primeiro como motardes e depois mais tarde como piloto de automóveis.

As fotos que seguem são as motos mais representativas no Dakar, as que maior numero de vitórias têm:
HONDA
YAMAHA




KTM





BMW







Carlos Sousa tem tido uma presença assídua no Dakar. É sem duvida o piloto português com mais notoriedade, nesta modalidade já tendo integrado equipas de fábrica e equipas semi-oficiais. Sousa que teve uma grande ligação com a Mitsubishi, com quem corria a nível oficial em Portugal, foi a marca com que mais anos correu no Dakar, inclusive este ano está num projecto da Mitsubishi Brasil. Carlos Sousa em 2000 teve um grande acidente no Dakar que lhe deixaram lesões na coluna. Infelizmente o seu navegador, o algarvio João Luz teve pior sorte e ficou paraplégico.
Além da Mitsubishi Carlos Sousa guiou para a Nissan, VW (foto) e nos dois últimos anos  (2013 e 2014)  para os chineses da Great Wall.