Nascido em Rimini, Itália a 18 de Julho de 1938, Renzo Pasolini foi um piloto que pela sua postura em pista e pela sua condução brilhante, deixou uma legião de fãs no motociclismo que ainda hoje passados 43 anos da sua morte, não o esquecem.
Depois de uma passagem pelo boxe, foi em 1958 que entrou no motociclismo mas como piloto de motocross. O seu pai que trabalhava na marca italiana Aermachi contribuiu para que Renzo Pasolini fosse convidado para piloto de testes da marca e daí a começar a fazer provas de velocidade, em 1962 com uma Aermachi 175cc foi um click.
Pasolini no início com a Aermachi |
Os bons resultados vieram logo, e quando se conseguia duas vitórias sobre Giacomo Agostini, deixava logo em alta a moral de qualquer piloto. No entanto durante dois anos fez uma pausa nas corridas por causa de cumprir o serviço militar.
Voltou em 1964 e continuou a competir nas provas nacionais e em algumas internacionais com a Aermachi 250cc e 350cc.
Pasolini quando andava de Benelli |
Aqui numa corrida de 250cc na frente de Saarinen |
Em 1965 mudou-se para a Benelli e conseguiu o 2º lugar no campeonato italiano de 250cc e o 3º lugar no de 350cc. No ano seguinte com uma Benelli 500cc começou uma série de confrontos com as Honda e as MV Agusta até 1970 quando por uma mudança de regulamentos introduzida pela FIM a Benelli ficou de fora em algumas classes, pelo que levou "Paso" como era conhecido pelos colegas, a regressar à Aermachi que se tinha fundido com a americana Harley-Davidson. Em 1971 foi um ano complicado de desenvolvimento das novas motas.
Pasolini em 1973 nos USA |
Mesmo assim em 1972 Pasolini perdeu o Campeonato do Mundo de 250cc por um ponto para a Yamaha de Jarno Saarinen, e tanbém conseguiu um brilhante 3º lugar final na classe de 350cc.
1973 era um ano encarado com um enorme optimismo por Pasolini, pois as novas Harley-Davidson estavam cada vez mais competitivas e as indicações no início da época nos USA foi bastante positivo.
No entanto durante o GP Itália em Monza, disputado a 20 de Maio e depois de ter desistido na classe 350cc com problemas mecânicos, "Paso" centrou-se na prova da classe 250cc que se seguia.
O maldito acidente de Monza |
Mas como segundo consta devido a uma ruptura de motor da moto de Walter Villa em 350cc na última volta, que deixou a pista com bastante óleo, que foi de imediato corrigido pelos comissários ao longo do circuito menos no rapidíssimo "curvone" que se fazia a mais de 200 km/h.
O corpo de Pasolini no acidente |
Ducati 906 PASO |
Pasolini e os outros pilotos foram todos surpreendidos pelo óleo na corrida de 250cc que provocou um dos maiores acidentes da história do motociclismo com a queda de Pasolini que vinha em primeiro e Jarno Saarinen que o seguia não o conseguiu evitar o que provocou a morte imediata dos dois pilotos, e como vinham os pilotos muito juntos, era a primeira volta, levou à queda de mais doze pilotos.
Homenagem da X-lite a Pasolini |
Conforme disse no início da crónica Renzo Pasolini era um piloto muito marcante, principalmente em Itália e muito querido por todos aqueles que privavam com ele, não só colegas como os adversários e directores de equipa.
É um exemplo disso quando os irmãos Castiglioni donos do grupo Cagiva / Ducati, marcas pelas quais Pasolini nunca correu, resolveram lançarem um modelo da Ducati em sua homenagem, a Ducati 906 PASO, assim como mais recentemente a marca de capacetes X-lite lançou uma réplica do seu capacete, apesar de Pasolini nunca ter corrido de capacete integral.
Fica a eterna pergunta:
Até onde poderia ter ido Renzo Pasolini?