sábado, 18 de julho de 2015

Jules Bianchi

Jules Bianchi, a família comunicou na madrugada deste sábado (18/07/2015), através do facebook a sua morte, infelizmente já aguardada desde o violento acidente em Outubro de 2014 no Grande Prémio do Japão de formula 1.
Jules nascido em Nice a 3 de Agosto de 1989 já tinha no seu ADN  "gasolina" pois o seu avô Mauro Bianchi foi Campeão do Mundo de GT, e era sobrinho-neto de Lucien Bianchi que além de vencer Le Mans em 1968 ainda fez 19 grandes prémios formula 1.
Jules começou, como quase todos os jovens pilotos de formulas, pelos karts, saltando em 2007 para a formula Renault 2.0.
Jules nos tempos do kart
Nos anos de 2008 e 2009 competiu em formula 3
O passo seguinte será a formula 3 onde mais uma vez Jules dá nas vistas sendo sempre piloto do lote dos mais rápidos. Entre 2008 e 2009 Jules luta nessa categoria sendo em 2008 vencedor do Master Europeu de formula 3.
Em 2010 mais um passo na carreira de Jules Bianchi entrou para o Campeonato GP2 Series Àsia, com a equipa ART, uma das mais fortes do campeonato onde Jules deixou um conjunto de bons resultados, até ser atingido pelo piloto local  Hp-Pin Tung que resultou numa lesão grave com fractura da vértebra lombar.
Jules na formula Renault 3.5 Series
Apesar da gravidade da lesão, Jules recuperou a tempo do próximo campeonato em que foi terceiro no fim do mesmo, novamente com a equipa ART.
2012 foi 3º piloto da Force India
Em 2012 dá-se o regresso à Europa e mudança de campeonato, passando a competir na Formula Renault 3.5 Series.
Jules já tinha tido um contacto com a formula 1 e logo pela porta grande, pois a Ferrari integrou-o na sua Ferrari Driver Academy em 11 de Novembro de 2010 o confirma como  seu piloto. 
Mónaco 2014
O acidente no Japão
Portanto em 2012 além da Renault 3.5 Series a Ferrari colocou Jules como 3º piloto na Force India onde fez as sextas-feira em 9 grandes prémios, além dos testes com a Scuderia Ferrari.
Os primeiros socorros  no acidente do Japão
Jules piloto Ferrari
Por fim no ano de 2013 ao substituir na Marussia o brasileiro Luiz Razia, Jules começa a sua primeira época como piloto a tempo inteiro na formula 1 e que se iria continuar pelo ano de 2014, até ao infeliz acidente no Grande Prémio do Japão em Outubro. Na sua ligação à pouco competitiva Marussia temos que realçar o 8º lugar no Grande Prémio do Mónaco, que depois por penalização devido a ter-se colocado no lado errado da grelha, desceu ao 9º lugar tendo conseguido os seus primeiros pontos e da equipa.
O capacete de Jules na Ferrari
Infelizmente no Grande Prémio do Japão em Outubro de 2014 debaixo de forte chuva, quando as equipas de comissários tentavam retirar, com um empilhador grande, o Sauber de Adrian Sutil que se tinha despistado, é com uma enorme infelicidade que também ao despistar-se Jules vai embater contra o empilhador sendo a pancada toda no capacete deixando o jovem francês ligado às maquinas desde esse dia até hoje.
Morreu um piloto de futuro, pois se assim não o fosse nunca seria um protegido da Ferrari.



quinta-feira, 9 de julho de 2015

André Chardonnet

Nascido a oito de Outubro de 1923, este francês de nome André Chardonnet foi dos empresários com mais sucesso no ramo automóvel.
Carimbo da Bristol
Um dos cabriolets transformados por Chardonnet
Iniciado o negócio da representação de automóveis para França, pelo seu pai em 1910 com a marca inglesa Bristol, André criou um império importando diversas marcas, mas foi com a  Neckar uma marca alemã sobe licença da Fiat que em 1959 o Réseau Chardonnet começa a ramificar chegando aos 200 agentes por toda a França.  O italiano Piero Boneli que era o administrador da Neckar, em 1962 passa a responsável pelas exportações da Fiat "empurrando" para o grupo Chardonnet a Autobianchi e mais tarde a Fiat, Lancia e Maserati, que se juntaram às outras marcas que já tinham AC, FSO, Polski, etc.
Mahé, André e Darniche
Outra das virtudes da Chardonnet foi de transformar, através de preparadores como a Michelotti, carros de pequena cilindrada em bonitos cabriolets como foi o caso do Fiat 600.
André sempre foi um apaixonado pelo desporto automóvel, e em especial pelos rallis chegando inclusive a estar perto do podium em 1960 no Ralli de Monte Carlo com um Citroen DS19.
O Stratos numa assistência no Monte carlo
Outras cores mesmos pilotos
Na sua ligação ao grupo Fiat fez correr pelas suas cores muitos pilotos franceses de nomeada como Michele Mouton, Jean-Pierre Malcher, Bruno Saby, François Chatriot, Bernard Darniche e Jean Claude Andruet, conquistando 3 vitórias no Campeonato do Mundo de Rallies, 2 titulos de Campeão de França e 2 titulos de Campeão da Europa. 
O troféu Autobianchi A 112 Abarth
Andruet com o Lancia 037
Uma assistência da Chardonnet com o 037
A principal referência foi a tripla Lancia Stratos / Bernard Darniche / Alain Mahé que deram verdadeiros recitais de condução em especial no Monte Carlo que venceram em 1979. Andruet também nas épocas de 1983 e 1984 marcaram com o Lancia, mas agora o 037 azul com o patrocínio da Pionner.
Também ficará para sempre ligado à Chardonnet o Autobianchi  A112 Abarth que com a ajuda do Eng Lampredi transformaram os 58 HP do motor 1200cc para 70 HP fazendo do carro um verdadeiro carro de corrida em GR.2 e que deu origem a um troféu de sucesso e de onde emergiram muitos pilotos.
Para termos uma ideia do que chegou a ser este império no ramo automóvel, nos seus anos dourados a Chardonnet chegou a ter 1% do mercado Francês que equivale a 26.000 carros vendidos num ano o que para um privado era mesmo muito bom !!!
O seu neto Sebastien Chardonnet
No entanto o mercado foi mudando e em 1988 a Fiat passou a ser ela a representante para França e também acompanhada das primeiras crises no sector a Chardonnet ficou limitada à Maserati a Hunday e pouco mais pelo que hoje é uma estrutura pequena em que a vertente da competição apenas passa pela "reabilitação" dos A 112 Abarth para corridas de clássicos, e a continuidade nas competições também é feita pelo seu neto Sebastien Chardonnet que tem um vinculo à Citroen sendo apontado como mais um "Sebastien" (já lá está Ogier e esteve Loeb) nos rallies franceses.
André Chardonnet morreu vitima de doença prolongada em 2005.