Devido à guerra FIA / FOCA por causa das desclassificações no GP Brasil, tinha sido "decretada" uma greve para o GP de San Marino.
Enquanto a Brabham, McLaren, Williams e Lotus cumpriram o boicote a Tyrrell, Osella, ATS e Tolman furaram o mesmo e juntaram-se às equipas "não alinhadas" a Ferrari, Renault e Alfa Romeu e lá se veio a realizar o GP que parecia ter tudo para ser calmo.
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Reparem na cara de "poucos amigos" de Villeneuve |
Mas efectivamente não foi um GP calmo, pois quando os dois Renault que comandavam a corrida desistiram, deixaram os dois Ferraris de Villeneuve em primeiro seguido de Pironi no comando da corrida, estando o terceiro classificado já muito atrás e que era o italiano Alboreto com um Tyrrell atmosférico.
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A luta do 1º lugar entre Pironi e Villeneuve foi aos limites |
A Ferrari devido a problemas de consumo deu ordem aos seus pilotos para manterem os lugares e reduzirem o andamento, para assim chegarem ao fim sem problemas.
Quando Villeneuve viu Pironi passar por ele, não ligou pois pensava ser uma manobra para animar a prova, mas que as ordens da equipa iriam prevalecer, e que voltas depois Pironi iria facilitar a ultrapassagem.
Quando o canadiano a determinada altura "ataca" a posição de Pironi, fica estupefacto por o francês lhe fechar a porta.
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Alboreto com o Tyrrell 011 conseguiu um excelente 3º lugar |
Daí para a frente foi uma guerra sem quartel entre os dois pilotos do Ferrari 126C, tentando Villeneuve de toda a maneira e feitio passar Pironi mas sem sucesso.
Os pilotos acabaram por ver a bandeira de xadrez por esta ordem o que deixou Villeneuve completamente fora de si, pelo que quando se dirigiam ao podium o levou a dizer "Eu nunca mais na minha vida vou falar ao Pironi".
A vida tem destas coisa e por ironia do destino a frase virou verdade, pois duas semanas depois, com os dois pilotos de relações cortadas, Villeneuve acaba por falecer num violento acidente nos treinos do GP Bélgica em Zolder.