Ignazio Giunti nasceu em Roma a 30 de Agosto de 1941. Giunti era filho de uma abastada família , que tinha entre vários negócios o célebre Hotel Sangineto.
Aos 20 anos e às escondidas da família Giunti começou a sua carreira nas provas de montanha. Em 1962 passou para Alfa Romeo Giulietta TI e para a descoberta dos circuitos, em especial
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Começo com o Giulietta TI |
Vallelunga circuito perto de Roma que Giunti considerava "o seu" circuito. Em 1964 consegue o segundo lugar no Campeonato Italiano de Turismos com um Fiat Abarth 850 TC.
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A estranha pintura do capacete de Giunti |
No ano seguinte, 1965, Giunti voltou à Alfa Romeo desta feita com um GTA e começou a dar nas vistas, na medida em que nas provas em Vallelunga era imbatível, regalando pilotos credenciados como Spartacus-Dini, Nanni Galli e Andrea de Adamich entre outros.
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Como se vê era uma pintura arrojada |
Na imprensa o capacete verde com uma pintura meia esquisita para a época, começava a ser conhecido não só dos jornalistas como dos chefes das principais equipas como "príncipe de Vallelunga".
Em 1966 deu "o salto" para a formula 3 e nos turismos juntou-se á forte equipa da Autodelta onde fazia equipa com Nanni Galli.
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com o Alfa Romeo no Targa Florio |
A aposta no campeonato da europa de montanha com o Alfa Romeo GTA em 1967 foi um sucesso pois ganhou a sua classe no europeu.
Com a Alfa Romeo entrou juntamente com Nanni Galli nos sportscar, guiando um T33 com motor 2 litros acabando por ganhar a classe no Targa Flório e nas 24
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Giunti com o Alfa Romeo T33/3 |
horas de Le Mans isto no ano de 1968. Continuando ligado à Autodelta em 1969 continuaram com o Alfa T33 mas agora com motor 3 litros e fez o campeonato europeu de turismos que acabou em 2º atrás do seu colega Spartaco-Dini.
Estes resultados fizeram tocar as campainhas
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Com Nino Vacarella no Ferrari 512S |
de Maranello que foi contratar Giunti para a época de 1970 tendo como companheiro na equipa de resistência Nino Vacarella na condução do Ferrari 512 S. Foi uma época
com uma vitória nas 12 horas de Sepring, um segundo lugar nos 1000 kms de Monza e terceiros no Targa Florio
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Nino Vacarella e Ignazio Giunti |
e 6 horas de Watkins Glen. Entretanto a Ferrari deu uma oportunidade na F1 a Giunti, um inovador programa de provas alternadas com Clay Regazzoni. Giunti até começou bem com um 4º lugar em SPA mas depois com o 14º lugar em França, 7º
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Estreia na F1 com o Ferrari 312P |
na Austria e desistência em Itália acabou por comprometer o futuro na F1 sendo o lugar mais tarde entregue a Regazzoni.
No entanto com novas futuras alterações regulamentares dos Sportscar, previstas para 1972, a Ferrari resolveu testar o seu futuro
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Com o Ferrari 312PB na Argentina |
grupo 5 o Ferrari 312 PB no ano de 1971 como grupo 6 e entregou esse novo projecto a Giunti e Arturo Merzario.
Na estreia em Buenos Aires o pior estava para vir. Durante a
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Beltoise empurrando o Matra |
corrida, numa altura que Beltoise tentava levar o seu Matra sem gasolina até à box empurrando o mesmo. Já perto da box numa curva o carro veio ligeiramente da berma para o meio e Beltoise deixou a traseira do carro para lateralmente tentar virar o volante para repor o carro
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Momento que Giunti bate no Matra |
perto da berma, quando a grande velocidade vem Mike Parkes no Ferrari 512S e colado Giunti no 312PB. Mike ao aperceber-se do Matra à sua frente consegue "fugir" à última da hora enquanto que Giunti ficando com o
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O Ferrari depois de bater ainda a rodar |
Matra à sua frente já não tem tempo de reagir e acaba por embater na traseira do Matra com frente direita do seu Ferrari. O embate foi te tal maneira brutal que o Ferrari se transformou numa bola de fogo só parando uns 100 metros depois, e embora prontamente
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Monumento a Giunti em Vallelunga aqui
Sandro Munari que chegou a ser seu
colega na Ferrari com o 512S a
prestar uma homenagem |
atacado o incêndio já nada havia a fazer e o Ignazio Giunti acabaria por falecer duas horas depois no hospital de Buenos Aires.
No "seu" circuito Vallelunga existe um monumento em honra de Ignazio Giunti.