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Bruce McLaren |
O Grupo McLaren é composto por seis empresas, entre elas está a McLaren Racing sediada em Woking que é a responsável pela área da competição. Hoje em dia este grupo dá trabalho a mais ou menos 1.300 pessoas e Ron Dennis é o presidente do grupo. Além de presidente Ron detém 25% do capital do grupo tendo o seu grande amigo de longa data Mansor Ojjeh outros 25% sendo os restantes 50% da empresa Mumtalakat, empresa esta que pertence à família Real do Bahrain.
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O McLaren M7A deu a primeira vitória em F1 à marca |
Mas tudo começou no longínquo ano de 1963 quando o piloto da Cooper F1, Bruce McLaren natural de Auckland, Nova Zelândia fez uma sociedade como seu amigo Teddy Mayer denominada Bruce McLaren Motor Racing Ltd para prepara carros e competir no campeonato Tasmânia. Tudo se precipitou quando a Cooper em 1965 resolveu abandonar a formula 1 e "obrigou" a Mclaren a construir o seu primeiro F1 o M2B para ser guiado pelo próprio Bruce. A primeira vitória viria logo no ano de 1968 no Grande Prémio da Bélgica com o modelo M7A.
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McLaren M8D da Can-Am |
Esta McLaren apostava em três frentes: a formula 1, a formula Indy e a recém criada categoria Can-Am com muito sucesso nos EUA.
Mas o sonho do jovem Bruce acaba quando em 1970 com 32 anos, em testes privados no circuito de Goodwood morreu num acidente com o McLaren M8D da série Can-Am.
Tomou a partir daí o controle da equipa Teddy Mayer.
Vários pilotos passaram pela equipa que com motores Ford Cosworth foi tendo imensos sucessos ganhando inúmeras provas.
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Primeiro titulo com o M23 e Fittipaldi |
Com a entrada da Marlboro como patrocinador principal e também a entrada do Campeão Mundial Emerson Fittipaldi finalmente a McLaren vai chegar ao seu primeiro titulo mundial em 1974 com o modelo M23.
Apenas demorou dois anos (1976) para voltarem a conquistar novo título mundial sempre com o M23 e desta vez com o inglês James Hunt ao volante.
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James Hunt foi também Campeão do Mundo com McLaren |
Seguiram-se anos e anos com poucos resultados, para uma equipa com os meios e o poderio económico que a McLaren / Marlboro tinha. Vários modelos e vários pilotos mas títulos nenhuns. O desnorte durante esse tempo foi enorme, vejamos: fabricaram a seguir ao M23 o M26, M28 nas versões B e C, M29 também com versões B, C e F e o M30. Mas por exemplo quando fizeram o M30 para substituir o M29C deu tão mau resultado que tiveram que fazer uma nova versão do M29 o F para acabar a época!!!
A pressão da Philip Morris sobre Teddy Mayer foi enorme "obrigando-o" a fazer uma fusão com Project Four F2 dum tal Ron Dennis, que também tinha o apoio da Marlboro para a categoria de formula 2 e tinha o génio da altura, John Barnard como projectista. Uma nova era iria nascer na nova McLaren Racing, assim denominada, tudo isto no ano de 1981, e porque não afirmar que também na própria formula 1 uma nova era começava.
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John Watson com o revolucionário MP4 |
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O motor TAG / Porsche |
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Ron Dennis e Mansor Ojjeh |
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Nikki Lauda com o McLaren / TAG-Porsche |
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Alain Prost 3 títulos em 1985 - 1986 - 1989 |
Nalguns carros começou-se timidamente a usar um novo componente em algumas peças aerodinamicas de nome carbono !!! Pois bem o inovador carbono, mais leve que o alumínio e mais resistente que o aço começava a chamar a atenção de Barnard que desenhou e construiu o primeiro chassi de um formula totalmente em carbono, deixando o tradicional alumínio em ninho de abelha, e os resultados eram prometedores. Assim o McLaren MP4 guiado por John Watson nesse mesmo ano de 1981 venceu o grande prémio de Inglaterra, com motor Ford e com os também novos
(estrearam nesse ano) pneus Michelin radiais. Agora o grande problema da McLaren era os motores pois os Ford estavam longe de ser competitivos com o aparecimento dos novos motores 1.500 cc turbo comprimidos da Renault e da Ferrari com muitos mais cavalos. Foi então que Mansor Ojjeh dono da TAG (Techniques d`Avant Garde) entrou para o capital da McLaren e financiou e desenvolveu um motor Porsche de 1.500 cc com 6 cilindros em V a que foi dado o nome de TAG - Porsche. Para finalizar essa "revolução" na McLaren em 1982 conseguiram convencer o ex-campeão do mundo Nikki Lauda a regressar para a formula 1.
Seguiram-se anos de ouro na McLaren com pilotos fabulosos casos do já falado Lauda de Alain Prost, Keke Roseberg, Gerhard Berger e de Ayrton Senna. Os motores também foram um factor de vitória nos conjuntos McLaren, pois a seguir ao Tag que fizeram quatro épocas seguiu-se uma ligação muito famosa com a Honda de 1988 a 1992. O fabuloso chassi MP4 foi a base de todos estes anos sempre com evoluções mas mantendo o conceito básico que Barnard tinha defenido, assim seguiram-se os MP4/1, MP4/1B, MP4/1C, MP4/1E, MP4/2, MP4/2B, MP4/2C, MP4/3, MP4/4, MP4/5, MP4/5B, MP4/6, MP4/6B e o MP4/7A acabando neste chassi a ligação com a Honda.
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Ayrton Senna também 3 títulos 1988 - 1990 - 1991 |
A McLaren arrecadou durante este período nada mais nada menos que sete títulos de campeões do mundo com Lauda (1984), Prost (1985, 1986 e 1989) e Senna (1988, 1990 e 1991) .
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Ron Dennis / Ayrton Senna |
Neste período sem dúvidas que o maior destaque foi o casamento McLaren / Dennis / Senna / Honda que rendeu um enorme numero de vitórias em grandes prémios, de poles, de voltas mais rápidas e também de bastantes polémicas que encheram paginas de jornais e revistas e aberturas de televisões em todo o mundo. O retorno para todas as partes foi enorme.
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O MP4/9 com motor Peugeot V10 foi uma desilusão |
1992 foi o ano de viragem na época de ouro da McLaren. A Honda abandonou a formula 1 deixando a McLaren sem motor, tendo que recorrer ao "velho" Ford, mas de segunda apanha, pois o último modelo já tinha exclusividade com a Benetton. Senna já estava com a cabeça na Williams, mas tinha sido vetado pelo seu "inimigo" mor Prost, por isso chegou a acordo com Dennis para fazer essa época prova a prova !!!
Apesar de tudo como o "velho" chassi MP4 agora na versão 8 era muito bom deu para disfarçar o fraco motor da Ford e Senna ainda conseguiu ser segundo classificado no mundial com 84 pontos. Foi também 1983 o último ano de Senna na McLaren.
O calvário dos motores continuou e em 1994 novo motor o Peugeot V10, novo chassi o MP4/9 e nova dupla de pilotos: Mika Hakkinen e Martin Brundle. Foi um ano muito negativo, o motor Peugeot nunca conseguiu responder à expectativa nele depositada.
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A McLaren em testes por vezes ainda usa a cor original |
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Mika Hakkinen campeão em 1998 |
1995 vai marcar novamente uma viragem grande na McLaren. Finalmente uma nova ligação a um fabricante de motores com créditos firmados a Mercedes. Manteve o promissor Mika Hakkinen ao qual juntou o regressado da aventura americana Nigel Mansel. Foi um primeiro ano de em que nem tudo correu pelo melhor, pois o "gigante" e muito bem pago Mansel não cabia confortavelmente no MP4/10 pelo que tiveram que fazer uma versão(evolução ao nível do tamanho no cockpit) mas sem resultados práticos acabando Mansel mais tarde por abandonar a equipa. Guiaram nesse ano Mark Blundell e Jan Magnunssen que eram pilotos de reserva. O jovem Magnunssen era protegido da McLaren que andava nas formulas inferiores.
Em 1996 continuou esta nova era e juntaram a Mika para ajudar na evolução dos McLaren / Mercedes com os novos MP4/11, também um piloto jovem mas muito consistente com bons resultados nas formulas inferiores David Coulthard este ano seria também o último ano de uma enorme e proveitosa ligação da McLaren com a Marlboro.
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Lewis Hamilton campeão no ano de 2008 |
A McLaren porém continuou a "fumar" mas outra marca a West e o vermelho e branco do antigo tabaco deu direito a uma bonita decoração em cinzento metalizado e preto que se irá manter durante nove anos, seis dos quais com a mesma dupla de pilotos Mika Hakkinen e David Coulthard. No ano de 1998 ficará marcado pela entrada de outro génio projectista de nome Adrien Newey que com o seu primeiro chassi o MP4/13 volta a dar um título mundial para a McLaren e para o piloto Mika Hakkinen.
Outro finlandês que começava a mostrar a sua raça era Kimi Raikkonen que viria no ano de 2002 a substituir o também finlandês Hakkinen que resolveu abandonar a formula 1 e junto com a Mercedes foi para o DTM. Também por esta altura guiaram para a McLaren nomes como Juan Pablo Montoya , Alexander Wurtz e Pedro de la Rosa como piloto de testes.
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2015 - Button / Alonso |
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2015 - McLaren / Honda MP4/30 |
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Não é a NASA é mesmo a fábrica da McLaren em Woking |
Em 2007 nova dupla de pilotos e novos patrocínios. Acabaram-se os tabacos, por imposição de uma lei Europeia, e entrou para a equipa que quase manteve as mesmas cores, acrescentando ao cinza e preto um vermelho da Vodafone. Como pilotos uma dupla de peso: um ex-campeão do mundo o espanhol Fernando Alonso e o promissor Lewis Hamilton também ele mais um protegido da McLaren desde o tempo dos karts. Nesse ano a guerra entre os dois pilotos foi muito grande, mas nenhum conseguiu chegar ao titulo porque se atacavam e nunca funcionaram como equipa, pelo que o espanhol Alonso e o seu habitual mau feitio acabou por sair no fim desse ano, dando lugar ao finlandês Heikki Kovalainen. em 2008 Lewis Hamilton arrecadou o título de campeão do mundo guiando um McLaren o que até hoje não se voltou a repetir. Em 2010 juntou-se a Hamilton o também inglês, que tinha sido campeão do mundo numa equipa com motores Mercedes, Jenson Button. Esta dupla manteve-se até ao fim da época de 2012. Em 2013 é o fim da ligação com a Vodafone e com Lewis Hamilton que vai para a equipa oficial da Mercedes. A Mercedes por sua vez no ano seguinte (2014) acaba também a sua ligação com a McLaren que rendeu dois títulos para pilotos, fraco para os meios envolvidos.
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Primeira vitória em Indianápolis no ano de 1974 |
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McLaren M20 (série Can Am) |
2015 nova revolução e vamos ver se vai começar uma nova era. É o ano dos regressos. regressa a Honda como fornecedora de motores mas até hoje (2015/04/16) muito fraca andando pelos últimos lugares, regressa também o "bom" feitio de Fernando Alonso também até à data muito fraquinho. Vamos ver como vai ser o futuro desta marca que já tem um lugar de destaque na história da formula 1.
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Foi com este McLaren F1-GTR que venceu Le Mans |
Como referi no início da crónica a McLaren foi a marca a bater na série Can-Am (americana) até que em 1972 resolveu abandonar a Can-Am devido às derrotas infringidas pelos novos e mais competitivos Porsche 917/10. A série Can-Am no entanto em 1974 acabaria e a McLaren é a marca com mais vitórias (43). Também na formula Indy esteve representada, e em 1970 a pedido da Goodyear sua parceira na formula 1, projectou um carro para tentar bater o domínio que a Firestone tinha nessa modalidade. No entanto só em 1974 surgiu a primeira vitória por Johny Rutherford, ainda conseguiu um segundo lugar no ano seguinte e uma nova vitória em 1976. Abandonaram o projecto Indy em 1979.
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O "nosso" Álvaro Parente |
O grupo McLaren também tem uma empresa que projecta carros do "dia a dia" de grandes performances, e aproveitando um regulamento muito favorável no ano de 1995 com o seu F1 GTR acabou por vencer também essa mítica prova que é as 24 horas de Le Mans com Dalmas, Lehto e Sekiya.
No ano passado a McLaren lançou o seu novíssimo MP4 12C para a categoria GT3 um novo e muito disputado campeonato para carros de grande turismo. Também é com orgulho que no meio de tantos pilotos aqui mencionados, podemos dizer que um português é piloto oficial da McLaren para esta categoria falamos do jovem Álvaro Parente que vai ter pela frente o desenvolvimento deste modelo.
Resta apenas mencionar o nome de alguns dos pilotos mais importantes que passaram pela McLaren, apesar de já ter falado durante a crónica de alguns, mas para que não haver falhas aqui fica:
Bruce McLaren, Denny Hulme, Peter Revson, Jody Sheckter, Jacky Ickx, Emerson Fittipaldi, Jochen Mass, James Hunt, Patrick Tambay, John Watson, Alain Prost, Niki Lauda, Ayrton Silva, Keke Roseberg, Martim Brundel, Mark Blundell, David Coulthard, Mika Hakkinen, Kimi Raikkonen, Juan Pablo Montoya, Lewis Hamilton e a dupla deste ano que são "repetentes" e ex-campeões do mundo por outra marca, Fernando Alonso e Jensen Button.