segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Jacques Laffite

A dois meses de completar 72 anos, sendo hoje comentador da TF1 para os grandes prémios de formula 1, este antigo piloto nascido em Paris foi das figuras mais mediáticas da F1 dos anos setenta e oitenta, seu nome, Jacques Laffite.
1973 com o Martini de formula 3
Laffite com o Martini que se sagrou campeão da Europa F2
Estreia na F1 Alemanha em 1974 
Tendo começado nas formulas de iniciação com a formula renault em 1972 que acabaria por ganhar. Esse primeiro ano foi o prémio que recebeu do curso de pilotagem que fez na escola Winfield. Depois foi a formula 3 que também venceu em 1973 e venceu também na mesma categoria esse ano o prestigiado grande prémio do Mónaco com um Martini. Foi também com um Martini de F2 que se sagrou campeão europeu em 1975, quando já dava os primeiros passos na F1, assim como a sua equipa dessa altura a Williams com os FW2.
Em 1976 Jacques abraça a aventura da "equipe de France" a Ligier.
O seu primeiro Ligier JS5 com motor Matra V12
Williams FW09B
Jacques no GP Mónaco de 1986 com o JS27 seu último F1
Jacques Laffite era o piloto da Ligier, isto é os colegas iam mudando e Laffite ficava sempre acompanhou a evolução com os seus altos e baixos da Ligier. Foi com a Ligier a sua primeira vitória em formula 1, no grande prémio da Suécia em 1977.
Jaques Laffite ganharia por 6 vezes em F1. fez 7 pole position e alinhou em 180 grandes prémios.
Jacques manteve-se na Ligier até 1986, fazendo apenas um interregno de dois anos em 1983/1984 para voltar a guiar um Williams FW09B.
Voltando à Ligier para iniciar a época de 1985 aí se manteve até que na temporada de 1986, no grande prémio da Inglaterra em Brands Hatch com o Ligier  JS27 na partida eis que se dá uma das maiores, senão mesmo a maior carambola da formula 1.
Carambola de Brands Hatch  onde Laffite acabaria a carreira
Infelizmente Jacques Laffite neste acidente acabaria por partir as duas pernas contra o raill onde o seu Ligier bateu de frente. Foi depois deste acidente que a FIA criou uma nova lei em que as pernas não poderiam ultrapassar o eixo da frente.. 
Acabaria neste acidente a carreira de piloto de formula 1 para Laffite, que no entanto e depois de recuperado ainda correu em carros de turismos e sports de resistência uma sua antiga paixão.
1978 Le Mans,  Mirage M9
Jacques Laffite correu várias edições das 24 horas de Le Mans, embora sem nunca ter conseguido uma vitória. Os seus melhores resultados foram dois 5º lugares. 
No ano de 1974 com um Ligier JS2 com motor V6 Maserati fez 5º na companhia de Alain Seroaggi.
Em 1978 voltou a fazer outro 5º lugar com um sport prototipo Mirage M9 com Vern Shuppan e Sam Posey.
Laffite com a filha Margot em 2014
1974 Le Mans, Ligier JS2 V6 Maserati
Jacques Laffite tem uma filha, Margot Laffite que também tentou a sua sorte como piloto, embora sem grande sucesso guiou entre 2007 e 2013 no campeonato Fia GT3 e nos troféus Mégane, Porsche e Seat Leon.



terça-feira, 25 de agosto de 2015

Mon ami ... Ligier

Guy Ligier Camile: é este o nome do francês nascido em Vichy a 12/07/1930, jogador de rugby nos anos quarenta, chegando inclusive à selecção gaulesa. Ligier viria mais tarde a tornar-se um grande nome do automobilismo mundial.
Em 1966 no GP Mónaco de formula 1
O Ligier JS2 com motor ford cosworth V8
Este empreendedor francês montou o seu primeiro negócio ao comprar uma bulldozer e entrar no ramo da construção. Como nesses anos se construíram imensas auto estradas em França, Ligier depressa formou um império com a sua empresa especializada na construção das mesmas. Foi nessa altura que ganhou uma forte amizade a políticos locais que mais tarde seriam preciosos na sua vida, são eles François Mitterrand e Pierre Beregovoy.
O Ligier JS2 primeiro desportivo
Outra evolução do JS2 mas com motor V6 Maserati
Depois de abandonar o rugby  tentou as corridas de mota mas sem sucesso e depressa se virou, nos anos sessenta, para os carros de sport com um Porsche e até as formulas de promoção como a júnior elva.
O primeiro protótipo o Ligier JS3/Ford V8
Chegou, como piloto privado, à formula 1 com um Cooper-Maserati mas sem grande sucesso.
O primeiro F1 o Ligier JS5 pilotado por Laffite
Em 1968 Guy Ligier fez conjuntamente com Jo Schlesser uma equipa, tendo comprado dois McLaren de formula 2, no entanto Schlesser morreu esse ano num acidente de formula 1, Ligier decide acabar por ali a sua carreira de piloto e tornar-se num construtor de carros de desporto, assim começa a Ligier automobiles.
Contratou o promissor engenheiro Michel Tetu para projectar o primeiro desportivo da marca o Ligier JS 1.
Todos os modelos da Ligier tem a designação de JS homenagem ao seu grande amigo Jo Schlesser.
Ligier JS19
A empresa foi continuando a fabricar os seus desportivos como o JS2 e até um protótipo o JS3, no entanto o grande salto para a competição dá-se quando Ligier em 1974 compra os activos da Matra Sports e em 1976 com Jacques Laffite ao volante do primeiro Ligier de formula 1 o JS5 com motor Matra V12 começa a sua aventura na formula 1. 
Ligier JS23
O mais vitorioso de todos os Ligier o JS11
O último F1 da Ligier o JS43
1980 foi o melhor ano de sempre da Ligier que com a dupla Laffite / Pironi conseguiu um magnifico 2º lugar nos construtores. Pela Ligier passaram os melhores, e quase todos, pilotos franceses como Laffite, Jabouille, Jarier, Arnoux, Tambay, Pironi, Depailler, Lagorce, Panis, Comas, Bernard, Grouillard e Alliot,  além dos belgas Ickx e Boutsen os italianos De Cesaris, Larini e Ghinzani os ingleses Herbert, Blundell e Brundle, o sueco Johansson, o americano  Cheever os brasileiros Boesel e Dinis e por fim o japonês Suzuky. 
Alguns pilotos franceses que passaram pela Ligier
Foi também a Ligier movida por motores tão diversos como os V12 da Matra e Lamborghini, os V8 da Judd e Ford Cosworth, os V10 da Mugen Honda e Renault bisando a Renault com os fabulosos V6 turbo.
O mini-carro Ligier Ambra
Em 1981 surgiu a primeira grande crise financeira da Ligier, que foi resolvida através dos "velhos" conhecimentos políticos François Mitterrand na altura presidente da república e Pierre Beregovoy primeiro ministro que "decretaram" para as empresas públicas Gitanes, Loto e elf subsidiassem a equipa, assim como a Renault nos anos de 1984 a 1986 entregasse os V6 turbo e em 1992 a 1994 os V10 a custo zero.
Também as novas instalações da equipa Ligier em Magny-Cours foi fruto de um projecto avalizado politicamente e integrado na construção  do circuito com o mesmo nome e onde se realizou o GP França durante anos.
A evolução dos mini-carros da Ligier
Em 1992 Guy Ligier com a astucia natural de um empresário bem sucedido, ao ver que o governo socialista dos seus "amigos" estava a chegar ao fim, vendeu em alta a equipa a Cyril de Rouvre. Com esse dinheiro Guy resolve monopolizar o comércio de adubos naturais, negocio que viria a aumentar substancialmente a sua fortuna. Também por essa altura, e pelo "bichinho" que ficou dos automóveis resolveu inovar no negócio dos mini-carros (conhecidos por cá como os mata velhos) outro negócio que veio aumentar a sua já bem recheada conta bancária.
A troika
Para a história ficará que em 1975 um Ligier JS2 acabou Le Mans em 2º lugar, e que na formula 1 alinhou em 326 corridas, conseguiu 9 vitórias e nos anos de 1979 foi 3º nos construtores e em 1980 foi 2º também nos construtores. Nunca um piloto seu foi campeão do mundo num Ligier e podemos dizer que Jacques Laffite foi o piloto mais ligado à marca e que melhores resultados deu.
Foi inclusive um trio terrível na formula 1 este de Guy Ligier como director, Jacques Laffite como piloto, e como projectista Gerard Ducarouge tudo isto abrilhantado pelo sonoro V12 Matra.
Guy Ligier faleceu em 23 de Agosto de 2015, para sempre ficará o seu nome nos anuários da formula 1.



terça-feira, 18 de agosto de 2015

il commendatore

Escrever sobre uma personagem com a grandeza de Enzo Ferrari não se torna uma coisa fácil, porque existem muitas informações do homem da marca o que nos levaria a uma crónica muito longa e quiçá poderia perder o interesse que tem. Assim decidi focar-me mais no homem e resumir ao máximo a marca. 
Enzo na versão piloto
Enzo Anselmo Ferrari nasceu no dia dezoito de Fevereiro de 1898 em Modena, Itália embora devido a uma grande tempestade de neve apenas fosse registado dois dias depois.
Devido à guerra o negócio da família, uma carpintaria faliu, pelo que levou o jovem Enzo à procura de emprego na industria automóvel. Depois de ser recusado pela Fiat foi na CMN (Construzioni Meccaniche Nazionali) um fabricante de automóveis com sede em Milão, que encontrou trabalho como "test driver".
É visivel o cavallino que Baracca usava no seu avião
O "tal" cavalo !!!
Foi no ano de 1919 que fez a sua primeira corrida numa prova de montanha, ficando em 4º lugar da sua classe e em Novembro do mesmo ano fez o seu primeiro Traga Flório tendo desistido.  Em 1920 Enzo deixou a CMN e ingressou na Alfa Romeu onde foi gerindo e correndo com os carros dessa marca. A sua carreira como piloto foi curta, pois em 1925 Enzo ficou chocado com a morte de Antonio Ascari deixando então de guiar para apenas gerir e desenvolver os modelos da Alfa Romeu onde guiavam Campari e Tazio Nuvolari. Em 1932 cria a Scuderia Ferrari que corria com os modelos Alfa Romeu e era financiada pela marca italiana. Nessa altura em homenagem ao seu amigo e companheiro de guerra o piloto de caças  Baracca, que havia desaparecido misteriosamente em 1918, Enzo "adoptou" a figura do "Pracing Horse" que Baracca usava na fuselagem do seu caça. Em 1933 uma crise
O primeiro Ferrari vencedor o 166M
A entrada da fábrica de Marenello
financeira obriga a Alfa Romeu a sair da competição no entanto a Pirelli garantiu a verba para a Scuderia continuar a correr, tendo o seu momento de glória através de Tazio Nuvolari, quando em 1935 bateu no Grande Prémio da Alemanha a armada dos Auto Union e Mercedes pilotados por Caracciola e Rosemeyer. Em 1937 a Alfa Romeu resolveu retomar o control da equipa, mantendo Enzo como director desportivo. Insatisfeito com essa decisão Enzo criou a Auto Avio Costruzioni, empresa que fabricava componentes de competição para outras equipas. A Scuderia Ferrari em 1943 foi obrigada com o começo da II guerra mundial, a fabricar componentes militares e quase no fim da mesma a fábrica de Modena foi alvo de um bombardeamento das forças aliadas.
É então que a Scuderia ergue uma nova fábrica em Maranello no ano de 1947 e Enzo cria então a Ferrari s.p.a. Logo no ano seguinte estreia-se o primeiro carro Ferrari e a primeira vitória surge logo no final desse ano (1948) no Lago di Garda, e no ano seguinte a primeira grande vitória de um Ferrari foi nas 24 horas de Le Mans com o modelo 166M.
Ferrari Dino 
Em 1950 a Scuderia Ferrari, parte desportiva da Ferrari s.p.a. inscreveu-se no recém criado campeonato do mundo de formula 1, sendo hoje a única marca que continua a correr. Logo no ano seguinte em Silvestone a Ferrari ganha o seu primeiro grande prémio através de José Froilán González e em 1952 com o também mítico Alberto Ascari ganha o primeiro campeonato do mundo, que repetiu logo no ano seguinte.
Foi também em 1953 que a Ferrari fez a sua única experiência nas 500 milhas de Indianapolis e mais por uma vertente comercial, para vender Ferraris no mercado dos USA.
Ferrari F40
Ferrari Enzo
Em 1969 dá-se a primeira entrada de capital exterior na Ferrari. Depois de negociações com a Ford (????) que dava 18 milhões de dollares por 50% da Ferrari mas que não chegaram a acordo devido a pormenores referentes a quem mandaria na parte desportiva, foi a italiana Fiat a comprar 50% da Ferrari ficando no entanto acordado que o controlo  total da parte desportiva era de Enzo e até à sua morte a Fiat tinha que subsidiar a equipa Ferrari. Com o passar dos anos a Ferrari viria a tornar-se numa empresa por acções e em 1988 o Grupo Fiat já detinha 90% da Ferrari.
Luca Montezemolo
Da Ferrari apesar de serem tantos os modelos a destacar, e ser impossível referir todos, tomo a liberdade de destacar três modelos:  1 - O Ferrari Dino por ser uma homenagem do pai ao filho falecido e ser um dos modelos mais cobiçados ainda hoje da Ferrari.  2 - O Ferrari F40 por ser, ainda em vida de Enzo o carro dito de sonho para qualquer amante de desportivos.  3 - O Ferrari Enzo por ser uma homenagem da Ferrari ao seu fundador após a sua morte, sendo um carro muito, mas mesmo muito exclusivo.
Enzo Ferrari teve sempre uma vida muito reservada, raramente concedeu uma entrevista como também raramente saía de Marenello ou Modena, sendo o grande prémio de Itália em Monza a única exceção.
Gilles Villeneuve
Foi casado, com Laura Dominica Garello Ferrari, da qual teve um filho Alfredo "Dino" que seria o seguidor de Enzo, no entanto veio a falecer de distrofia muscular. De uma relação extra conjugal com Lina Lardi, Enzo tinha outro filho Piero, que devido à lei italiana (????) só após a morte da mãe foi reconhecido como filho de Enzo. Actualmente Piero detêm os outros 10% da Ferrari e é vice presidente. Enzo foi homenageado pelo presidente da república italiana com o titulo de "Commendatore" e passaria a ser conhecido no meio automobilistico por " il commendatore".
Enzo Ferrari faleceu em quatorze de Agosto de 1988 com 90 anos na sua querida Marenello.
Houve quatro homens que marcaram a vida do commendatore na Ferrari. 
Niki Lauda
Luca Montezemolo que entrou na Ferrari em 1973 como assistente de Enzo e em 1974 já era director. Foi a continuação de Enzo, depois da morte de Dino, na administração da Ferrari. Fez um interregno na década de oitenta para ocupar lugares de relevo nas empresas do grupo Fiat e voltou para presidente da Ferrari em 1991 lugar que manteve até 2014.
Gilles Villeneuve o canadiano com o seu grande talento como piloto e exuberante como se fosse latino, conquistou um cantinho no coração de Enzo Ferrari. A sua morte prematura naquele fatídico acidente no grande prémio da Belgica, marcou muito o Commendatore.
Ayrton Senna
Niki Lauda outro dos pilotos Ferrari que marcaram Enzo. Além da sua rapidez sensibilizou o Commendatore com a sua inteligência em corrida e com a garra com que enfrentou a morte após o seu grave acidente. Depois da sua carreira como piloto Lauda ainda esteve ligado à Ferrari com vários cargos no staff da Scuderia. Foi uma tripla terrível nessa época, Enzo, Luca e Lauda.
Ayrton Senna foi o último piloto que Enzo teve debaixo de olho. Infelizmente não chegaram a concretizar o desejo de ambos e quis o destino que Senna viesse a morrer no autódromo de Imola cujo nome é Enzo e Dino Ferrari. 
A Ferrari como equipa de competição tem um historial único, nos sport protótipos teve inúmeras vitórias com pilotos muito conhecidos que normalmente também eram seus pilotos na formula 1. Realço principalmente as 9 vitórias em Le Mans nos anos de 1949, 1954, 1958, 1960, 1961, 1962, 1963, 1964 e 1965.
Na formula 1 aí sim a Scuderia Ferrari tem um enorme palmarés. Pela Scuderia passaram quase todos os grandes pilotos mundiais, apenas vou referir os que foram campeões do mundo pela Ferrari e foram eles Shumacher 5 titulos, Ascari e Lauda 2 titulos e com 1 titulo Fangio, Hawthorn, Phil Hill, Surtees, Sheckter e Raikkonen.
Também a Ferrari conseguiu 16 títulos de construtores, tudo isto em 890 grandes prémios disputados e com um número impressionante de 222 vitórias.
(números até à época de 2014).



sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Arturo Merzario

Nascido em Civenna, região de Como este italiano hoje com 72 anos foi das figuras mais carismáticas  no mundo das corridas de automóveis.
Fiat Abarth 1000 TC
Nascido de uma família rica, nos anos sessenta conseguiu que o seu pai lhe desse um Alfa Romeu Giulietta para disputar o campeonato de turismos italianos. Em 1962 ao ser notado por Mario Angiolini, que viria a ser o fundador do Jolly Clube, pondo Arturio (nome que chegou a pôr no capacete, mas que foi um erro do notário ao ser registado) a correr com um Fiat Abarth 1000.
Um dos sport da Abarth classe 2000
No principio dos anos setenta, precisamente em 1970 o "Marlboro man italiano" corria com um prototipo da Abarth  em circuitos e provas de montanha e correu pela primeira vez com um sport da Ferrari o 512 S.
O Ferrari com que ganhou o Targa Flório
Foi sem dúvidas nos sport que Merzario, sem ser um fora de série, mas muito competitivo, conseguiu os seus melhores resultados ligado à Ferrari e mais tarde à Alfa Romeu.
Com a Ferrari venceu em 1972 com um 312 PB os 1000km de Spa e o Targa Flório esse fazendo equipa com uma figura, também ele mítico mas nos rallies, falamos de Sandro Munari.
Alfa Romeu 33
Foi também neste ano que Merzario fez a sua estreia em formula 1 pela Ferrari e logo no grande prémio do Mónaco. Continuou nos sport com a Ferrari tendo inclusive em 1973 feito segundo em Le Mans.
No fim dos anos setenta correu nos sport pela Alfa Romeu com o célebre 33 e voltou a vencer o Targa Flório em 1974.
Troféu Fiat Abarth
Arturo com Copersucar
Arturo Merzario depois de deixar a competição ao mais alto nível, principalmente a formula 1 no fim dos anos setenta, continuou a correr em GT com os mais diversos carros desde BMW M1, Porsches da Cup, Ferrari, Maserati, Lotus e Nissan. Pelo meio fez tambem o novo trféu Abarth como promoção ao seu inicio de carreira. Em 1985 fez o Campeonato italiano numa barqueta Lucchini / Merzario e em 1995 com 52 anos é convidado pela Maserati para fazer o troféu Ghibli. A sua última corrida foi em 2012 em Imola com um Lotis Exige.
Arturo na Ferrari  F1
Merzario com Iso-Williams
A sua passagem pela formula 1 não teve o mesmo sucesso que nos sport, pois apesar de andar desde 1972 até 1979 guiando para marcas como a Ferrari, Copersucar, Team Williams-Iso, e a sua própria equipa que começou com chassis March, Shadow e no fim um chassi próprio. 
Já na sua equipa com um March
Apesar de logo no primeiro ano 1972 com o Ferrari 312 B2 ter feito um 6º lugar em Inglaterra, depois apenas pontuou, igualmente com a Ferrari e no ano de 1973 novamente com o 312 B2 no Brasil e com o 312 B3 na Àfrica do Sul.
O Shadow da sua equipa
O acidente de Lauda e o socorro de Arturo



Tirando Lauda do "inferno"
Lauda quando recuperado dando uma prenda a Merzario

No entanto Arturo ficará para sempre ligado à história da formula 1, pois no grave acidente de Lauda na Alemanha Merzario é dos primeiros a chegar, não conseguindo inclusive evitar bater no Ferrari de Lauda em chamas e foi dos pilotos que tiraram Lauda do "inferno" salvando-lhe a vida. Lauda ficaria para sempre (ainda hoje) com uma amizade muito forte com o italiano.