No inicio da década de sessenta, o Grupo Cultural e Desportivo da TAP, decidiu criar uma prova de estrada para os seus funcionários.
Alfredo César Torres em mil novecentos e sessenta e cinco, entrou para a organização da prova, e um ano depois o Engº Vaz Guedes presidente da TAP anunciou a criação de uma prova internacional e aberta a todos.
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1967 - Carpinteiro Albino / Ant. Silva Pereira |
Em cinco de Outubro de mil novecentos e sessenta e sete dá-se início ao 1º Rallye Internacional TAP.
Logo no seu primeiro ano a prova foi um enorme sucesso. Composta de oito PEC com um total de 47,60 Kms teve como vencedor a dupla portuguesa José Carpinteiro Albino/António Silva Pereira com um Renault 8 Gordini, seguido de António Peixinho/João Canas Mendes num Ford Cortina Lotus e no lugar mais baixo do pódio também ao volante de um Renault 8 Gordini a dupla francesa Joseph Bourdon/Claude Bertrand.
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1968 - Tony Fall / Ron Crellin |
O sucesso da primeira edição foi de tal modo que em mil novecentos e sessenta e oito na segunda edição, registou o maior numero de inscritos que até hoje houve num rallye em Portugal, cento e noventa !!!
E novamente em Outubro o 2º Rallye Internacional TAP lá foi para a estrada, mantendo a base das oito PEC mas com o total de 94,60 kms e desta vez com a vitória dos ingleses Tony Fall/Ron Crellin num Lancia Fluvia HF 1.3 com os também ingleses Paddy Hopkirk/Tony Nash com o mítico BMC Cooper S 1300 e com os portugueses António Peixinho/João Canas Mendes outra vez no pódio mas desta vez com um Morris Cooper S.
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1969 - Francisco Romãozinho/João Canas Mendes |
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1970 - Simo Lampinen/John Davemport |
Em mil novecentos e sessenta e nove, o 3º Rally Internacional TAP dá mais um salto qualitativo ao ser incluído no Campeonato da Europa de Rallys, para isso houve uns acertos aumentando as PEC para dez com o total de 140 Kms. Este foi o rally marcado pela polémica, pois o concorrente Tony Fall, vencedor do ano passado apresentou-se à chegada ao Estoril em primeiro lugar, mas ao entrar no controle final com a namorada a bordo do Lancia Fluvia HF, acabaria por ser desclassificado. Várias histórias circulam acerca dessa desclassificação, pois segundo parece o carro do inglês teria sido assistido em zona proibida, com a organização a ter conhecimento disso e César Torres iria desclassificar o Lancia, pelo que com essa "manobra das três pessoas no carro" evitou a humilhação de ser desclassificado por "batotice". Os vencedores da prova acabariam por ser portugueses: Francisco Romãozinho /João Canas Mendes e o Citroen DS 21, em segundo lugar José Lampreia/Christian Melville num Datsun 1600 SSS e com carro igual no terceiro lugar os belgas Chris van Stall/Robert Loyens. Mas o grande vencedor acabaria por ser César Torres ao mostrar o seu rigor e coragem em decisões, pelo que ficaria conhecido em toda a Europa.
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1971 - Jean Pierre Nicolas/Jean Todt |
Os três anos seguintes continuaram com um Outubro na senda do sucesso. De ano para ano aumentavam as PEC e os Kms, em mil novecentos e setenta o 4º Rallye Internacional TAP ganhou novamente um Lancia Fluvia HF mas agora com motor 1.6 e guiado pelo finlandês Simo Lampinen acompanhado de John Davemport, em segundo o outro Lancia dos italianos Sandro Munari/Arnaldo Bernacchini e em terceiro os suecos Bjorn Waldegaard/Hans Thorszelius num Porsche 911 S.
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1972 - Achim Warmbold/John Davemport |
O 5º Rally Internacional TAP em mil novecentos e setenta e um foi o ano dos franceses Jean Pierre Nicolas/Jean Todt e o Alpine Renault A110 1600 com Simo Lampinen/John Davemport e o Lancia Fluvia HF 1600 em segundo e em terceiro mais um Alpine Renault A110 1600 dos também franceses Robert Neyret/Jacques Terramorsi.
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1973 - Jean Luc Therier/Jacques Jaubert |
Mil novecentos e setenta e dois o 6º Rallye Internacional TAP, já com trinta e uma PEC com um total de 389,60 Kms foi a vez de um BMW 2002 ti ganhar a prova com John Davemport como co-piloto a bisar e o alemão Achim Warmbold ao volante a ganhar pela primeira vez. No segundo lugar novamente uma equipa francesa Bernard Darniche/Alan Mahe e o Alpine Renault A110 mas desta feita com motor 1800. Voltando a repetir o terceiro lugar de mil novecentos e setenta os suecos Bjorn Waldegaard/Hans Thorszelius mas agora guiando um Citroen SM Proto. Este ano de mil novecentos e setenta e dois foi o último ano do rallye a ter o percurso de concentração, e pela primeira vez os resultados eram ditados pela "ditadura do cronometro" nas PEC em vez dos habituais controlos horários de passagem.
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1973 - Rafaelle Pinto/Arnaldo Bernarcchini |
Mil novecentos e setenta e três,mais um ano histórico para o Rallye Internacional TAP agora na sua 7ª edição, pois com as alterações do ano anterior, este ano seriam premiados com a entrada no Campeonato do Mundo de Rallyes e a prova passa a realizar-se no mês de Março. Mantendo basicamente o mesmo percurso voltou um Alpine Renault A110 1800 à vitória, mas com a dupla francesa Jean Luc Therier/Jacques Jaubert e com igual carro Jean Pierre Nicolas/Michel Vial ficaram na segunda posição. Em terceiro, depois da sua vitória em sessenta e nove e desde aí sem nenhum português ir ao pódio ficou Francisco Romãozinho/José Bernardo com o Citroen DS 21.
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Exemplo de uma placa da prova no caso de 1968 |
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Exemplo do caderno de itinerário de 1971 |
Em mil novecentos e setenta e quatro, seria o último ano do Rallye Internacional TAP, pois no ano seguinte o ACP tomava o lugar do G.C.T.TAP na organização da prova e conseguia o patrocínio do Instituto Vinho do Porto e o rallye passaria a ter a designação de Rallye de Portugal / Vinho do Porto.
Portanto voltando então ao último Rally Internacional TAP o 8º, com trinta e duas PEC e 454 Kms de classificativas teve um elemento comum no pódio, o Fiat 124 Abarth Rallye e outro elemento preponderante as equipas italianas, que por esta ordem acabaram o último TAP: Rafaelle Pinto/Arnaldo Bernacchini, Alcide Paganelli/"Nini" Russo e por último Markku Alen/Ikka Kivimaki uma dupla finlandesa que iria ser no futuro muito feliz no nosso país.
O grande sucesso desta prova iria continuar pela batuta de César Torres mas o nome TAP, proveniente da "brincadeira" do seu Grupo Cultural e Desportivo e que chegaria a um Campeonato do Mundo acabaria nesse ano de mudanças em Portugal, mil novecentos e setenta e quatro.
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