Estou a escrever esta crónica, no dia vinte e nove de Novembro de dois mil e quinze, precisamente no dia em que faz quarenta anos que morreu num acidente de aviação.
O seu último capacete em 1974 |
Estreia na F1 com o Lotus 12 no Mónaco de 1958 |
Primeiro título Mundial em 1962 com a BRM P57 |
Numa fase em que já estava retirado da competição como piloto, mas em que ainda era o "homem forte" da Team Embassy, Graham Hill pilotava o seu Piper Aztec, e transportava os outros membros do Team, quando de regresso a Inglaterra depois dos testes do Hill GH2 em Paul Ricard, se despenhou num campo de golf a norte de Londres devido ao nevoeiro. Assim morria Norman Graham Hill uma das maiores lendas do automobilismo.
Com este Lotus 49 conquistou o seu 2º título em 1968 |
Nascido em mil novecentos e vinte e nove em Hampstead, Londres, Hill depois de acabar os estudos no Hendon Technical College encontro o primeiro trabalho como engenheiro júnior na Smiths Instruments, que era fornecedora de muitas equipas a nível de instrumentos de medição nos carros.
Graham Hill fez duas épocas na Brabham com os BT33 e 34 |
Em mil novecentos e cinquenta e quatro Graham Hill fez a sua estreia em competições com um Cooper 500 de formula 3, mas passado pouco tempo entrou para o Team Lotus como mecânico. Hill depressa passou para o volante e fez a sua estreia em formula 1, com o Lotus 12 no Grande Prémio do Mónaco de mil novecentos e cinquenta e oito, tendo desistido. Continuou na Lotus até mil novecentos e sessenta, ano em que se mudou para a BRM e com resultados muito positivos, pois dois anos depois sagrou-se Campeão do Mundo com o BRM P57. O novo Campeão do Mundo manteve-se a correr com a BRM até ao fim da época de mil novecentos e sessenta e seis e conseguiu três vice-campeonatos e no último ano um quinto lugar final.
O último F1 que guiou o Hil GH1 da sua equipa em 1975 |
Graham Hill regressou à sua primeira equipa, a Lotus, em mil novecentos e sessenta e sete, para desenvolver o Lotus 49 com o novíssimo motor Cosworth V8. Foram uns anos complicados, pois os modelos Lotus eram todos muito competitivos mas Hill viu morrer em corrida dois colegas seus, Jim Clark e Jochen Rind, pelo que, os Lotus, tinham a fama de carros frágeis. Hill sempre com uma grande força de espírito, por duas vezes teve que assumir a liderança da equipa em situações trágicas, mas em mil novecentos e sessenta e nove é o próprio Graham Hill a testar a fragilidade dos chassis Lotus, ao partir as duas pernas num acidente no Grande Prémio dos EUA em Watkins Glen. De realçar que no meio disto tudo Hill conseguia o seu segundo título mundial em mil novecentos e sessenta e oito com o Lotus 49.
Hill recuperou das fracturas e apresentou-se na época seguinte para ir desenvolver o novo Lotus 72, mas Graham nunca conseguiu voltar aos bons tempos apesar do carro ser bastante rápido nas mãos dos outros pilotos da equipa, e dizia-se que Hill tinha perdido a confiança na resistência dos Lotus, pelo que em mil novecentos e setenta e um assina por dois anos com a equipa Brabham que tinha passado a ser propriedade de Ron Tauranac, depois da saída de Sir Jack Brahbam, e de seguida vendida a Ecclestone.
Em mil novecentos e setenta e três começa um novo desafio para Graham Hill ao formar uma equipa de formula 1 através do forte apoio da Imperial Tobacco com a marca de cigarros Embassy.
Com o Lola venceu as 500 milhas de Indianápolis 1966 |
No primeiro ano a equipa correu com um Shadow DN1 e no ano seguinte com um Lola T370, para só no terceiro ano terem um chassi próprio era o Hill GH1.
Matra 670 V12 vencedor de Le Mans 1972 |
O desafio estava a ser difícil pois os carros não eram competitivos e em mil novecentos e setenta e cinco, quando no "seu" Grande Prémio do Mónaco, que Hill já tinha vencidos por cinco vezes, e não se conseguiu classificar para a corrida, Graham Hill resolveu abandonar o volante, ficando com a gestão do Team Embassy e o acompanhamento da esperança inglesa na F1, Tony Brise.
O capacete de Damon Hill (filho) |
Graham Hill também tinha um alvo na sua vida desportiva, as míticas 500 Milhas de Indianápolis, e em mil novecentos e sessenta e seis ao volante de um Lola-Ford conseguiu vencer, na frente de outro inglês Jim Clark num Lotus..
Outro dos alvos, também pelo mediatismo que tinham foi as 24 horas de Le Mans, e depois de duas participações sem sucesso em mil novecentos e cinquenta e oito, e mil novecentos e sessenta e seis com um curioso projecto do Rover / BRM Turbina, em mil novecentos e setenta e dois na competitiva equipa Matra, tendo como companheiro de equipa o francês Pescarolo conseguiram levar o Matra 670 V12 à vitória.
Josh Hill (neto) mantendo a decoração do capacete |
Campeões do Mundo F1 Graham & Damon Hill |
Hoje em dia Graham Hill tem um outro registo nas curiosidades da F1. É que do seu casamento em mil novecentos e cinquenta e cinco com Bette tiveram três filhos, duas meninas e um menino a que foi dado o nome de Damon Hill e que cresceu no meio das corridas vindo a tornar-se piloto e conseguindo o título de Campeão do Mundo em mil novecentos e noventa e seis, pelo que são os únicos pai e filho a serem Campeões do Mundo de F1.
Uma outra curiosidade é o seu neto Josh Hill hoje já na formula 3, e quem sabe se poder vir a juntar-se a esta dupla de Campeões do Mundo.
Curioso é também a decoração dos capacetes, que tem passado de Graham para Damon e agora para Josh todos da "dinastia" Hill, e a causa de essa decoração vêm da outra grande paixão de Graham Hill, o remo.
Hill desde muito novo se integrou nas grandes equipas de remo de Inglaterra, primeiro em Portsmouth quando estava na Marinha Real, e depois em Londres. E foi em Londres, que Hill resolveu adoptar as cores e o design do Londres Rowing Club para o seu capacete, azul escuro com o branco das guias do remo.
Hill desde muito novo se integrou nas grandes equipas de remo de Inglaterra, primeiro em Portsmouth quando estava na Marinha Real, e depois em Londres. E foi em Londres, que Hill resolveu adoptar as cores e o design do Londres Rowing Club para o seu capacete, azul escuro com o branco das guias do remo.
Sem comentários:
Enviar um comentário