terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Jean-Pierre Jabouille

Foi dos últimos de uma geração de pilotos de formula 1 com o curso de engenheiro mecânico, este francês nascido em Paris no primeiro dia de Outubro do ano de mil novecentos e quarenta e dois com o nome de Jean-Pierre Jabouille.
Filho de um conhecido arquitecto parisiense, Robert Jabouille, responsável pela Pont de Gronelle e pela Avenida dos Cisnes, Jean-Pierre resolveu seguir por outro caminho tirando uma licenciatura em engenharia mecânica e em mil novecentos e sessenta e seis resolveu fazer a Cup Renault R8 Gordini, passando logo no ano seguinte para os formulas, mais precisamente a F3 francesa.
Na sua passagem pela Alpine com o A220 que desenvolveu
Com o Matra MS670 correu quatro vezes em Le Mans
1976 Campeão Europeu F2
Em mil novecentos e sessenta e oito teve o seu primeiro contrato como profissional, pela Alpine, como piloto de desenvolvimento dos A220, com que correu em Le Mans nesse ano e no seguinte embora com duas desistências. Também fazia parte do contrato o desenvolvimento dos motores gordini que equipavam as equipas de F2. Em mil novecentos e setenta além das corridas de F2 fazia também parte da equipa Matra-Simca, que por quatro anos, concorreu em Le Mans. Dessas participações deixaram no seu palmarés dois 3º lugares em setenta e três com Jean-Pierre Jassaud e em setenta e quatro com François Migault. Foi também no ano de mil novecentos e setenta e quatro que fez a sua estreia em F1, quando guiando um Iso da equipa Williams se
Na Renault fez Le Mans com o A442 
tentou qualificar no "seu" GP de França, embora sem sucesso. Nesse mesmo ano ainda tentou no GP Austria agora num Surtees TS16, mas novamente sem se conseguir qualificar. Em mil novecentos e setenta e cinco cortou a sua ligação com a Alpine e formou com o forte apoio da elf a sua equipa de F2, também, mais uma vez tentou qualificar-se no GP de França e desta vez com um terceiro carro do Team Tyrrel, um 007, o que conseguiu acabando a corrida no 12º lugar.
O desenvolvimento do RS01 foi bem complicado
Mil novecentos e setenta e seis resolveu dar prioridade ao campeonato de F2, que viria a ser campeão europeu, apesar de já ir fazendo testes de desenvolvimento do projecto Renault F1, e também fez Le Mans com um Renault A442, mas mais uma vez sem acabar.
A histórica vitória no GP França e a sua 1º vitória também
Eis então que surge o grande momento na sua carreira ao ser contratado pela Renault para ir desenvolvendo o projecto inovador do motor turbo. Graças às novas regras de motores impostas pela FIA, a Renault viu um bom argumento no bloco Gordini V6 biturbo que usava nos A443, embora tivesse que reduzir a cilindrada para uns "minusculos" 1500cc.
O seu último Renault o RS20
Começa então o Renault RS01 a competir a meio do campeonato do mundo de mil novecentos e setenta e sete, mas com resultados finais fracos, pois o motor tinha bastante potência mas a sua fiabilidade era muito reduzida fazendo com que não acabassem nenhuma prova. No ano seguinte (setenta e oito) já conseguiram acabar algumas prova e pontuar, acabando com o 4º lugar no GP USA um bom pressagio para a próxima época. A época de mil novecentos e setenta e nove encarada pela Renault com mais optimismo levou a que fosse contratado um colega de equipa para fazer companhia a Jabouille, a escolha recaiu em René Arnoux, seu "velho" conhecido da F2 e já foi um ano bem mais positivo com o modelo RS10 conseguiram inclusive a primeira vitória de um motor turbo na F1 moderna, e por Jean-Pierre Jabouille.
A última época em F1 com Ligier JS17 - matra V12
5º lugar em Le Mans 1989 com o Sauber C9 - mercedes
Foi uma vitória histórica, pois uma equipa francesa (Renault) com motor e chassi próprios, com patrocínio francês (elf) com pneus franceses (michelin) e com um  piloto francês (Jabouille) ganha o GP de França, e o outro piloto da equipa (Arnoux) faz o 2º lugar!!!
O Peugeot 505 turbo da superprodução francesa
Melhor, só mesmo de encomenda. A competitividade dos Renault aumentava e a rivalidade entre os pilotos também, pelo que se procuravam sempre os melhores lugares o que levou com que por vezes se fosse um pouco além dos limites e se acumulassem algumas desistências. Em mil novecentos e oitenta Jabouille voltou a ganhar um grande prémio, o da Austria, mas continuou a ter muitas desistências no novo RS20, pelo que o levou a assinar ainda antes da época acabar pela Ligier. Porém a época não iria chegar ao fim para Jabouille pois no GP Canadá uma falha da suspensão provoca um despiste que lhe vai originar a fractura de uma perna.
No Peugeot 905  fez dois 3º lugares em Le Mans
A sua próxima época com a Ligier estava ameaçada, pois a sua recuperação só lhe permitiu começar a competir no GP da Argentina, perdendo as duas primeiras corridas. No entanto a sua condição física e psicológica nunca mais foi a melhor e dos cinco grandes prémios disputados com o Ligier JS17 com o seu já conhecido motor Matra V12, não se conseguiu classificar em três e desistiu em duas, pelo que levou com que Jean-Pierre Jabouille abandonasse as competições a meio da época de mil novecentos e oitenta e um.
O motor V10 que Jabouille levou para as equipas de F1
Jean-Pierre Jabouille só voltou à competição sete anos depois, quando em mil novecentos e oitenta e nove foi convidado pela Sauber com o forte (ou total) apoio da Mercedes para dividir a condução de um C9 com os franceses Jean-Louis Schlesser e Alain Cudini nas 24 horas de Le Mans, que viriam a acabar no 5º lugar.
Em 2005 numa prova do campeonato francês com Prost
O "bichinho" da competição ficou lá e resolve voltar a correr, mas a nível interno, e com a PTS disputou o campeonato de superprodução francês, ao volante de um Peugeot 505 turbo. Como já estava na casa, Jean Todt convidou-o para integrar o projecto 905 da Peugeot e mais uma vez para desenvolver o carro. Jean-Pierre foi um piloto rápido, mas a grande vantagem que a sua formação académica lhe dava, era melhor entender e explicar dados técnicos às equipas, o que levou muitas das vezes a ser contratado abdicando as equipas da rapidez, ou guardando isso para outros. Assim Jabouille fez com o Peugeot 905 três campeonatos do mundo de resistência e com isso mais dois 3º lugares em Le Mans, com Mauro Baldi e Philippe Alliot nos anos de mil novecentos e noventa e dois e noventa e três.
1984 / 1985 fez o Dakar com um Lada  Niva
Em 1988 Dakar num Porsche e com Laffite como colega
Com a saída de Jean Todt da Peugeot, foi Jabouille que ficou com o cargo de director da Peugeot Sport, pendurando uma vez mais as luvas. Com o abandono dos Peugeot 905, recuperou-se o motor V10 para os regulamentos de F1 e foi essa a difícil tarefa de Jabouille era ele o "homem" da Peugeot na estrutura da McLaren inicialmente e depois da Jordan que equiparam os seus chassis com o motor Peugeot.
Este projecto da Peugeot Sport foi um enorme falhanço que levou Jabouille a pedir, ou ser obrigado a pedir, a sua demissão em mil novecentos e noventa e cinco.
Foi então que Jean-Pierre Jabouille formou com um sócio a equipa JMB que tem feito provas FIA de sportscar, provas do campeonato francês e do troféu Andros. Pontualmente Jean-Pierre Jabouille ainda fez algumas provas do troféu Andros e da Porsche Supercup.
Para o fim, guardei a vertente fora de pista de Jean-Pierre Jabouille, que como qualquer piloto francês da sua geração, teve que ter, pelo menos uma vez, uma passagem pelo mítico Rallye Paris / Dakar.
E assim foi Jean-Pierre fez em  mil novecentos e oitenta e quatro e oitenta  cinco o Paris / Dakar com um Lada Niva, e mil novecentos e oitenta e oito numa equipa que teve como colega um outro piloto ex-F1 Jacques Laffite, com uns bem preparados Porsches.









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