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Monte Carlo 1972 um 3º lugar com Rauno Aaltonen |
Depois de acabar os seus estudos superiores na faculdade de Economia e Negócios em Paris, fez as suas primeiras tentativas como piloto num Mini Cooper, mas sem grandes resultados e logo percebeu que o seu futuro passava por ser co-piloto.
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No Fiat 124 Spyder Abarth pilotado por Hannu Mikkola |
Em mil novecentos e sessenta e seis começa a sua carreira como co-piloto, sendo o seu primeiro piloto o francês Guy Chasseuil.
Logo se fez notar que além do cálculo as suas capacidades fora do normal em estratégia e organização das equipas. Em mil novecentos e sessenta e nove passou para o Campeonato do Mundo onde andou ao lado de grandes pilotos como: Jean Pierre Nicolas, Rauno Aaltonen, Ove Andersson, Hannu Mikkola, Achim Warmbold e Guy Fréquelin e das principais equipas da altura, que lhes reconheciam as tais capacidades.
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O Tour Auto no Matra MS 650 |
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Em 1981 na Talbot o seu último ano como co-piloto |
Venceu também a prestigiada e singular prova Tour Auto, navegando Jean Pierre Beltoise e Patrick Depailler no Matra MS 650.
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Os pais do projecto 205 T16, Jean Boillot, Todt e Nicolas |
No ano de mil novecentos e oitenta um, fazia o mundial a navegar o seu compatriota Guy Fréquelin que com um Talbot, subsidiária da Peugeot, são vice campeões do mundo e a Talbot ganha por marcas o campeonato.
O grupo PTS-Peugeot Talbot Sport reconhece em Todt as tais capacidades e no ano seguinte, mil novecentos e oitenta e dois é convidado para dirigir a parte desportiva do grupo.
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Peugeot 205 T16 |
A sua passagem como director desportivo da Peugeot ficará para sempre na história da marca e do desporto automóvel, pois foi pela mão de Jean Todt, com orçamentos mais limitados que os da concorrência, que três grandes projectos da PTS venceram. O 205 turbo 16, o 405 turbo 16 e o 905 foram projectos que Todt concretizou com enorme sucesso até ao ano de mil novecentos e noventa e três.
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O Peugeot 405 T16 no seu habita natural, o Dakar |
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Em Pikes Peak Vatanen brilhou com o 405 T16 |
Primeiro com os maravilhosos Peugeot 205 T16 de grupo B, pilotados por Jean Pierre Nicolas, um velho conhecido seu que foi o piloto de testes e de desenvolvimento desse projecto que também guiou em algumas provas, e pela fina flor dos finlandeses Timo Salonen, Ari Vatanen e Juha Kankkunen que conseguiram os títulos de pilotos e marcas em mil novecentos e oitenta e cinco e seis.
Este projecto foi brutalmente cortado devido aos problemas relacionados com a morte Toivonen que pôs fim aos grupos B.
Todt, aproveitando todo o potencial dos 205 T16 e com algumas alterações direccionou-se para as provas africanas que nessa altura estavam no auge principalmente com o Paris / Dakar. Ao fim do primeiro ano e depois de retirados os ensinamentos necessários nasce o seu segundo projecto na PTS o 405 T16 especificamente feito para o Dakar que conseguiu vencer durante quatro anos seguidos, mil novecentos e oitenta e sete, oito, nove e mil novecentos e noventa.
Também aproveitou o Peugeot 405 T16 que com umas alterações deixou todos de "boca aberta" com os tempos que Ari Vatanen fez na célebre rampa americana de Pikes Peak, batendo largamente todos os recordes que existiam dessa prova. Nesse ano foi o último do projecto 405 T16, sendo o mesmo cedido à "irmã" Citroen para continuar com ele, embora com outro "visual" da marca do duplo chevron.
O terceiro projecto de Todt na PTS seria com o protótipo 905 com o objectivo de tentar vencer Le Mans.
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O projecto Peugeot 905, ultimo de Todt na PTS, que conseguiu com grande brilhantismo vencer Le Mans 1992 - 1993 |
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Grande amizade nasceu desta cumplicidade de dois talentos |
E foi assim que os dois últimos anos de Jean Todt na Peugeot foram passados, logo no primeiro ano mil novecentos e noventa e dois o Peugeot 905 vence Le Mans com os pilotos Derek Warwick, Mark Blundell e Yannik Dalmas, para no ano seguinte voltar a vencer através de Geoff Brabham, Christophe Bouchut, Eric Hélary e para acabar em beleza fez o 1-2-3 nesse último ano brilhante de Jean Todt na PTS.
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Sobe o seu comando tudo tinha que correr sobre carris |
Ainda no ano de mil novecentos e noventa e três, Luca de Montezemolo agora CEO da Ferrari resolveu dar uma reviravolta na Scuderia que andava afastada dos títulos e convidou Jean Todt para chefiar o departamento desportivo de Marenello. Jean Todt começou um árduo trabalho de reorganizar a equipa Ferrari que estava arredada de um título desde mil novecentos e setenta e nove, começando o seu trabalho nos bastidores pois ter a sua disposição cerca de 400 técnicos era uma nova realidade na sua vida.
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Uma grande ajuda na estrutura foi a contratação de Brawn |
No dia 1 de Julho, desse ano, Todt já estava no terreno com a Ferrari no grande prémio de França.
Em mil novecentos e noventa e quatro já se começa a ver alguns efeitos da "revolução Todt" e Berger consegue ganhar na Alemanha, mas a Williams com Senna (até Imola) Hill e Coulthard e a Benetton com Shumacher, ainda eram superiores à Ferrari.
No fim do ano seguinte (noventa e cinco) Todt conseguiu "roubar" Shumacher, o melhor piloto na altura, à Benetton e com ele dar uma nova vida na Scuderia. E na realidade o ano de mil novecentos e noventa e seis começa em grande logo com duas vitórias consecutivas de Shumacher, mas ainda faltava algo na Ferrari para ser mesmo ganhadora, e sem pensar duas vezes volta a ir a Benetton desafiar o designer Rory Byrne e o director técnico Ross Brawn, ao mesmo tempo que acabava o reinado de John Barnard na Ferrari.
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Raikkonen deu-lhe um título em 2007 |
Agora sim Todt tinha apostado as fichas todas, e mesmo assim levou três anos e outros tantos títulos (1 para Villeneuve/Williams e 2 para Mika Hakkinen/McLaren) para pôr a "máquina" em pleno funcionamento. Mas quando acertaram "todas as agulhas" escreveu-se uma das páginas de ouro da Ferrari.
Jean Todt conseguiu na sua passagem pela marca do cavalinho a linda soma de 106 vitórias e 14 títulos mundiais!!!
E como se não bastasse dos oito títulos de construtores (1999/2000/2001/2002/2003/2004/2007/2008) seis deles foram seguidos e dos seis títulos de pilotos um com Raikkonen em 2007 e cinco com Shumacher (2000/2001/2002/2003/2004) estes também seguidos tudo coisas inéditas para a Ferrari.
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Nicolas Todt acompanhado do malogrado Lucian Bianchi |
Em dois mil e seis assume o cargo de Assessor Especial para a Scuderia Ferrari ao mesmo tempo que Shumacher se retira.
Em dois mil e sete e dois mil e oito começa a preparar a passagem do comando da Scuderia para o italiano Stefano Domenicali que já fazia parte da estrutura elaborada por Todt. Em Março de dois mil e nove Jean Todt abandona a estrutura da Scuderia Ferrari onde estava desde mil novecentos e noventa e quatro.
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Jean Todt e a sua esposa |
Saiu pela porta grande, deixou um legado na Ferrari difícil de igualar, e verdade seja dita que desde a sua saída a Ferrari tem andando a navegar em águas muito turvas. Mas Jean Todt "O Napoleão" alcunha que ganhou por causa da sua estatura e das suas vitórias, já estava a preparar mais uma etapa na sua vida e em Abril de dois mil e nove entrou para a FIA como presidente do "e Safety Aware" divisão que promove as viaturas inteligentes, com novas tecnologias e segurança. Mas Todt queria mais e em vinte e três de Outubro de dois mil e nove Jean Todt foi eleito presidente da FIA com 135 votos a favor e 49 contra. Entretanto em Dezembro de dois mil e treze voltou a ser reeleito por mais quatro anos.
Jean Todt tem um filho do seu primeiro casamento, Nicolas Todt que hoje é co-proprietário da equipa ART Grand Prix GP2 e ao mesmo tempo agente de Felipe Massa, Pastor Maldonado, Jaime Calado e da nova coqueluche do WTCC José Maria Lopéz e também era da grande esperança francesa que infelizmente faleceu naquele estúpido acidente no Japão, Julien Bianchi.
Jean Todt é casado pela segunda vez com a bela japonesa Michelle Yeoh.
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