quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

"O Mágico"

Ayrton Senna da Silva, o mágico como alguns lhe chamavam.
Foi complicado prepara esta crónica, por dois motivos:
1- Ele foi, é e será sempre o meu ídolo.
2- A informação sobre Senna é tanta e tão rica que esta crónica se fossemos fazer uma retrospectiva sobre a sua carreira, teria folhas e folhas, sendo quase um livro
Donington Park
Contarmos o início na formula Ford inglesa, a Toleman como começo na F1, a Lotus como a afirmação do seu talento, a McLaren como a confirmação não de um talento mas de um super dotado e por fim essas últimas corridas na Williams até ao malfadado circuito de Imola, seria narrar o que todo o mundo já ouviu falar. Contarmos as seis vitórias no Mónaco, seria narrar o que todo o mundo já ouviu falar. Contarmos as suas "guerras" com Alain Prost, seria narrar o que todo o mundo já ouviu falar. Contar que fazia da perfeição e profissionalismo a sua maior arma, seria narrar o que todo o mundo já ouviu falar. Contar que ser 2º era muito mau para ele, "o primeiro dos últimos" como ele dizia, seria narrar o que todo o mundo já ouviu falar.
Agora vejam juntar isto tudo seria muita informação correndo o risco de se tornar monótomo  de tantas vitórias, tantas voltas mais rápidas, tantas poles.
Assim resolvi relatar aquela que foi considerada a grande corrida de Ayrton, talvez a corrida da sua vida.
Partida para o G.P. Europa em Donington
Era um ano muito difícil para a McLaren e para Senna. A Honda tinha retirado o seu V10 da competição, a Renault por pressão de Prost e da Williams não cedeu motores V10 para a McLaren, então restava o velhinho Ford Cosworth V8, mas mesmo o velhinho pois a Benetton já tinha um contrato de exclusividade com a nova versão do Ford V8. Senna não queria correr pela McLaren pois o seu desejo de vitória estava seriamente comprometida com um motor claramente inferior ao de toda a concorrência. Ron Dennis lá convenceu, a troco de muitos $USD (1 milhão por corrida), que Senna corresse e recebesse prova a prova!!! Isto, mais uma, era inédito na F1. O piloto decidia ok vou correr, faz a transferência!!!
Nos testes da pré época Senna viu logo que não tinha carro para ganhar, no entanto também não havia mais opções. Tinha um bom, muito bom mesmo chassi e um mau motor, e assim lá arrancou para o começo da época na África do Sul, com toda a garra e raiva que lhe conhecia-mos.
Primeira surpresa faz 2º lugar na África do Sul graças a uma corrida muito inteligente, outra das grandes virtudes do brasileiro, era muito inteligente.
Partiu mais animado para o próximo GP que era o "seu" GP Brasil. Corrida bastante difícil porque chovia, mas claro que era difícil para os outros, porque Senna na chuva ainda era melhor que Senna no seco e o resultado foi ... uma vitória!!!
Chegamos a terceira corrida, a nossa corrida. Donington Park em Inglaterra o GP da Europa.
Donington é um circuito de 4,023 kms muito rápido, pelo que os treinos mandou o nosso campeão para o 4º lugar da grelha, depois de Prost, Hill e Shumacher.




No fim da corrida a comemorar o 1º lugar
No dia da corrida, boas notícias para Senna e más para os adversários ... chovia. 
Na partida, ao contrário do esperado Senna perde uma posição para Wendlinger na primeira curva e fica no 5º lugar. Continua e com um andamento extra terrestre passa Wendlinger, depois Shumacher, segue-se Hill e por fim Prost, quando o pelotão cruza a linha da meta na primeira volta, para espanto de todos é Senna quem vem na frente. Comandou essa prova da primeira à última volta e ainda fez a volta mais rápida em corrida. Essa volta mais rápida foi feita de uma maneira surreal. Senna percebeu que se entrasse para a box, fazia uma curva muito antes da curva que dava acesso para a recta da meta. Ora como nessa altura não havia limite de velocidade no pit-line, Senna entrou para a box, mas não parou seguiu a fundo e saiu da box sempre a fundo, fazendo assim a volta mais rápida em corrida. Convém lembrar que a corrida teve várias paragens para troca de pneus, pois o tempo estava muito instável e depois de período de muita chuva a pista secava e os motores mais potentes ganhavam tempo a Senna, mas nunca puseram em perigo o seu primeiro lugar. Aliás Senna deu nessa corrida uma volta ao 3º lugar (Prost) e o 2ª lugar (Hill) também levou uma volta, mas Senna deixou-se desdobrara na última volta da corrida.
Nesse ano de 1993, último de Senna na McLaren, além destas três corridas, ainda conseguiu ganhar no Mónaco, Japão e na última corrida do campeonato a Austrália, e um 2º lugar em Espanha, o que lhe valeu o vice campeonato com 73 pontos.
Uma curiosidade foi na noite em que Senna ganhou o seu último GP pela McLaren em Adelaide, Austrália, havia um concerto de Tina Turner. Ayrton subiu ao palco e a "miss hot legs" sua admiradora cantou e dedicou-lhe  a cançaõ  "Simply de Best".


Ayrton Senna da Silva "O mágico"










Sem comentários:

Enviar um comentário