segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

"Déjà vu"

Alonso no McLaren com que correu em 2007
Sou sincero, não gosto de Fernando Alonso !!!
Não ponho em causa as suas capacidades como piloto, mas não é um dos super-dotados, na minha humilde opinião.
O que não gosto é do seu feitio quezilento e dos jogos de bastidores que existem sempre por onde Alonso anda. E amigos não é de agora, pois se recuarmos aos tempos da formula nissan em que Alonso discutia o titulo com o "nosso" Manuel Gião, na última prova, ganha por Gião e consequentemente o campeonato, é depois mais tarde, por protesto de Alonso, desqualificado injustamente. Um pequeno pormenor o vencedor tinha um teste na Minardi e as portas meio abertas para entrar na formula 1.
Mas o meu "déjà vu" é para o ingresso do espanhol de novo na McLaren para a próxima época de 2015. 
Quando tudo estava bem com Dennis
Quando no ano de 2007 Alonso entrou para a Mclaren, juntamente com o novato Lewis Hamilton e depois de abandonar a Renault envolto em mais um "caso", tudo apontava para uma época maravilha. Uma grande equipa, um segundo piloto novato, sem experiência, muito dinheiro, pois além da Vodafone que já lá tinha o nome nos carros juntou-se o Santander, claro via Alonso  e tudo apontava para um novo titulo. Mas não foi assim antes pelo contrario foi uma época pior mas muito pior que o pior dos cenários que Alonso poderia alguma vez sonhar.
Quando tudo estava bem com Hamilton
Alonso começou bem, durante todo o campeonato obteve 4 vitórias, mas;  - primeiro o seu colega de equipa, o tal novato Hamilton também ganhou 4 corridas fazendo frente ao espanhol, o que obrigou Alonso a fazer dos seus joguinhos sujos na Hungria quando Hamilton tinha a pole e ele o reteve deliberadamente na box, não o deixando defender a sua pole; - segundo fez guerra com Ron Dennis para este tentar "segurar" o inglês o que fez com que ficassem com as relações meio tensas, já que Dennis não foi no jogo; - terceiro foi apanhado num dos maiores escândalos da formula 1 moderna, o "spygate" que foi a fuga de informações secretas da Ferrari para um eng. da McLaren e que como ficou provado por a troca de e-mail com o piloto de testes da McLaren, o também espanhol Pedro de la Rosa, Alonso tinha conhecimento e tirou benefícios disso.
Foto do regresso para a época de 2015
Toda esta grande confusão, e mais uns toques à mistura com o Ferrari de Massa deu a vitória no campeonato ao Ferrari de Raikkonen e o segundo lugar a Hamilton, sobrando o terceiro lugar para Fernando Alonso. Claro que o fim da história, depois de longas e duras negociações, deixando mais uns inimigos pelo caminho, foi a rescisão por mútuo acordo, e mais uma vez a saída pela porta pequena.
Agora com o anúncio do regresso de Fernando Alonso para a McLaren com os novos motores Honda, com um inconstante mas rápido Jenson Button como colega de equipa, com o mesmo Ron Dennis a chefiar mas que não costuma esquecer com facilidade quem o abandona, não creio ser possível vir aí um ano dourado para o espanhol.
Como se diz cá pelo nosso burgo: " De Espanha nem bons ventos, nem bons casamentos"

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Randy Mamola

Os pilotos ficam na história, quanto a mim, por três motivos:


1) Os titulos de Campeão que conseguem.

2) Mesmo sem titulos pela sua espectacularidade em prova e a empatia com o público.

3) Por estarem envolvidos numa grande tragédia em competição.

Honda NSR 500
Randy Mamola, felizmente, é conhecido em todo o mundo pela segunda razão.
O Começo na Yamaha-EUA
Este americano de 55 ano foi dos pilotos mais espectaculares que já vi. ninguém irá esquecer os seus longos e rápidos "cavalinhos" quer em corrida quer na volta de agradecimento. Ninguem ira esquecer todas as suas habilidades e equilibrismo em cima de uma mota. Apesar de ao longo da sua carreia ter conquistado 13 vitórias, nunca conseguiu ser Campeão do Mundo durante os treze anos que correu..
Mamola na sua passagem ela Suzuky 500cc (2 tempos)
Conseguiu pilotar para as  principais marcas de 500cc, foi piloto Yamaha, Honda, Suzuky e Cagiva.
Depois de espalhar magia pelos circuitos fazendo o Campeonato do Mundo pelas três marcas nipónicas, foi recrutado pela Cagiva, pois para além da sua rapidez a enorme experiência que tinha era importante para desenvolver a nova 500cc no principio da aventura mundialista.
Yamaha YPVS 500
Um jornal SUA jornal jornal jornal Última Equipa oficial Uma Cagiva
Em 1992 correndo com uma Yamaha com semi oficial com o apoio da Budweiser, resolveu pôr fim na sua carreira com 151 corridas disputadas. 
No entanto, era difícil cortar radicalmente com este mundo, e começou como comentador do canal Eurosport até 2009.
Quando dava indicações a Shumacher  sobre Duas Rodas
Também desde 1986 que se encontrava ligado à Associação "Save de Childrens" em que angariava dinheiro para a mesma com algumas acções promocionais. Entretanto o seu filho Dakota Mamola também começa a despontar na modalidade sendo piloto da classe Super Sport, com motos de 600cc que fazem parte do programa das Super Bikes. Randy Mamola também tem sido conselheiro de vários jovens que se tentam iniciar nesta difícil modalidade, No entanto tem sido o mentor do jovem inglês Bradley Smith Que já se encontra no Moto GP na segunda equipa da Yamaha, a Moto Tech 3, tendo inclusivé este ano tirado um  3º lugar no GP da Austrália.
Como conselheiro é de referir a ajuda que deu a Michel Shumacher quando saiu de da Ferrari e pensou de fazer uma passagem pelas motos de velocidade.
Bradley Smith o "protegido" de Mamola
eh eh talvez assim podemos percebemos a Protecção !!!
No entanto numa associação com a Ducati desde 1996, Mamola "passeia" numa mota de GP especialmente concebida para dois lugares, personagens ilustres, em troca de contribuições para a "sua" associação. Como tudo na sua vida Randy empenha-se sempre ao máximo e por vezes até passando desses máximos, sendo em competição ou até numa simples demonstração. Digo eu, que deve ser preciso, além do dinheiro, ter uma  grande dose de coragem, para dar uma "voltinha" com o grande Randy Mamola.
Como as imagens que vos vou deixar, podem realmente conferir o que aqui foi escrito sobre a determinação e habilidade deste grande piloto que foi ... perdão, que é Randy Mamola !!!














Nem com o príncipe Henrry, Mamola baixa a fasquia.


... E la foi uma experiência que este passageiro jamais esquecerá !!!




















domingo, 21 de dezembro de 2014

Peter Revson

Este americano de origem judia, a sua família era bastante abastada, dona da Revlon Company  uma empresa da industria cosmética, que na altura da sua morte em 1974 estava avaliada em $USD 1 bilião.
Mas a paixão de Revson não era a alta finança mas sim as competições automóveis. Esta paixão ainda se agravou mais quando na Universidade de Cornell conheceu Teddy Mayer que no futuro iria ser muito importante na sua carreira.
Começando pelas corridas Trans Am, cedo foi para a Europa tentar a sua sorte correndo em formula 3 e 2, mas acabou por regressar ao EUA.
O começo na Trans Am
Como a sua grande paixão era mesmo correr, não interessava a categoria e por isso Revson "correu" quase todas as categorias: os formulas Indy, os Trans Am, os Can Am e as corridas de resistência nos EUA com as famosas 12 horas de Sebring e 24 horas de Daytona.
O tal Ford GT 40 dourado
Nas provas de resistência fez equipa com "gente" famosa como por exemplo o grande campeão americano Mark  Donohue com um belissimo Ford GT 40 dourado nas 24 horas de Daytona e com o ainda mais famoso Seteve McQueen num Porsche nas 12 horas de Sebring. Além disso ia fazendo a solo corridas da Can Am (uma série com protótipos super potentes) com um Lola.
1971 estreia com a Tyrrell
Claro tudo isto e as corridas com os formulas Indy muito populares nos EUA, será mesmo a F1 dos americanos que tem em Indianápolis a sua prova rainha. Peter Revson correu em Indianápolis nos anos de 1969 com um Brabham e com a McLaren nos anos de 1970, 1971 e 1972.
No McLarem M23 fez as épocas de 1971/72 em F1
O McLaren de formula Indy
O McLaren de Can Am
Finalmente em 1971 Revson estreia-se na formula 1 com um Tyrrell 001 no GP USA. Entretanto o seu amigo da faculdade Mayer, após a morte de Bruce McLaren fundador da marca com o mesmo nome, foi chamado para gerir essa equipa e Peter Revson assinou por duas temporadas,  1072 e 1073. Como a marca estava em todas as frentes, formula 1, formula Indy e Can Am, Revson correu em todas elas conseguindo na formula 1 duas vitórias e oito pódios e em 1971 a pole e um segundo lugar em Indianápolis. Digamos que foram os dois anos mais conseguidos do piloto, e com mais estabilidade, talvez daí os resultados.
Finalmente no ano seguinte assina pela UOP Shadow para fazer a temporada de formula 1. Mas a  22 de Março desse ano, no circuito de Kyalami na África do Sul em testes privados, que a equipa fazia como preparação do GP, deu-se a tragédia.
Ao partir-se uma suspensão da frente o Shadow abalou a alta velocidade, contra a barreira de protecção, causando morte imediata ao Peter Revson.
O seu último carro de corrida, o UOP-Shadow


quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Didier Pironi

Nos tempos da F2 com a Martini
Os anos 70 e 80 foram anos com forte implementação de pilotos franceses na formula 1, recordemos alguns nomes: - Além do Pironi de que vamos falar temos, Alain Prost, Patrick Tambay, Jacques Lafite, Jean Pierre Jarier, René Arnoux, Patrick Depailler, Jean Alesi etc
Talvez devido ao envolvimento de algumas equipas, não só em formula 1 mas também nas formulas de promoção, os patrocínios dos tabacos, gasolineiras, e outros produtos foram o grande trampolim para os pilotos franceses chegarem à formula 1.
O nosso "homem" de hoje depois de ter abandonado os estudos de engenharia que tirava
para ingressar numa grande empresa de construções de seu pai, e tudo por culpa de um curso de pilotagem tirado no circuito de Paul Ricard.
Depois desse curso começou como todos pelas formulas de promoção da Renault até chegar às competitivas formula 3 e formula 2 sempre com equipa Martini e forte apoio da gasolineira elf que foi mantendo ao longo da sua carreira.
Vitória em Le Mans com a Renault e Jaussaud
No Mónaco com a Tyrrell
Sendo um piloto de formulas, sempre teve o fascínio por Le Mans, e com o "empurrão" da elf esteve lá por três vezes em 1976, 1978 e 1980. Das três tentativas a de 1978 resultou em grande, pois na companhia de Jean-Pierre Jaussaud ganhou a prova com um Renault A 442 B.
Com a Tyrrell sua primeira equipa de formula 1, estreou-se  no GP da Argentina no ano de 1978. No ano seguinte manteve-se na Tyrrell, mas começava a ser cobiçado por outras equipas. As duas idas ao podiun nesse ano ajudou a Guy Ligier o levasse para a sua equipa durante o ano de 1980, onde conseguiu a sua primeira vitória como Ligier/Gitanes no GP da Bélgica.
Na Ligier a sua primeira vitória
Com a Ferrari fez a época de 1981
e até à Alemanha em 1982
Enzo Ferrari já tinha o jovem francês debaixo de olho faz tempo, no ano de 1981 trouxe-o para a marca do cavalinho, com um contrato de dois anos, para fazer equipa com  Villeneuve. 
Foram dois anos complicados. O Ferrari apesar de um grande motor, tinha um chassi complicado, e nos anos dos "carro asa" um mau chassi tornava tudo complicado devido ao forte apoio aerodinâmico. Conseguiu duas vitórias, mas uma delas foi muito polémica, levando até a um corte de relações com o seu colega de equipa (ver crónica sobre Villeneuve). No GP da Alemanha de 1982, depois de ter feito a pole, e como chovia imenso, foi testar uns novos pneus de chuva da Goodyear. Estes pneus relevaram-se muito mais rápidos e Pironi estava a rodar cerca de 3" mais rápido que o seu colega de equipa, Patrick Tambay. O spray de água provocado pelos carros com efeito de solo (ou carro asa) era enorme, levando com que a visibilidade fosse muito má. Pironi quando se preparava para passar o Williams de Derek Daly,  e com o Renault de Alain Prost á sua frente e a rodar muito lentamente, devido ao tal spray não consegue ver Prost e o embate na sua traseira a alta velocidade foi inevitável. Quando chegaram ao pé do Ferrari deparavam com uma imagem de terror, pois as pernas de Pironi estavam desfeitas e misturadas com os restos da frente do carro. O Dr. Sid Watkins ponderava seriamente em amputar-lhes as pernas para o conseguir retirar do local, pois o tempo passava e não conseguiam retira-lo do Ferrari, mas felizmente que Pironi esteve sempre consciente e pedia por tudo para não fazerem isso. Ao fim de muito tempo lá conseguiram evacuar o infeliz piloto para o hospital.
A imagem do violento acidente na Alemanha.
Na sua longa recuperação
A sua recuperação levou muito tempo e de cirurgia em cirurgia só quatro anos depois Pironi conseguiu finalmente caminhar com as duas pernas e sem auxílios. Nesse mesmo ano resolveu testar as suas capacidades com um AGS e mais tarde com um Ligier JS27, por incrível que possa parecer fez tempos muito rápidos e que era suposto voltar a ser competitivo. No entanto surge um problema: - Didier tinha recebido uma verdadeira fortuna da apólice de seguro que tinha e o deu como incapacitado para voltar à formula 1.
Pironi sabia que se regressa-se à formula 1, a seguradora lhe punha um processo e legalmente teria que devolver todo o dinheiro. Assim o francês resolveu que não voltaria a guiar um formula 1, mas como o "bichinho" estava lá, foi um instante para começar a correr em barcos.
A sua ultima paixão, o offshore Colibri
Se pensou, melhor executou e preparou, com os seus amigos Bernard Giroux e Jean Claude Guenard, um offshore com dois motores Lamborghini que faziam 1.000 hp, a que deu o nome de Colibri.
No entanto no dia 23 de Agosto de 1987, ao largo da Ilha de Wight, sul de Inglaterra, numa prova ao saltar numa onda provocada pela passagem do petroleiro Avon, o Colibri virou-se e morreu Didier Pironi e os seus dois amigos.
Como curiosidade a sua namorada Catherine Goux, pouco tempo depois da sua morte deu à luz dosi gémeos a que deu o nome de Didier e Gilles em homenagem a uma das duplas mais famosas da Ferrari.








domingo, 14 de dezembro de 2014

Gilles Villeneuve

Este é um dos homens que marcou a formula 1 para sempre. Não se fala de formula 1 sem se falar de Gilles Villeneuve, nem se fala de Villeneuve sem se falar de formula 1, apesar de apenas ter 6 vitórias em 68 corridas.
O formula Ford com que começou
Este canadiano que nasceu numa pequena localidade Richelieu, no Quebec, começou nas "actividades motorizadas" no snowmobil (tipo de mota de água para a neve) onde granjeou imensa fama, e bons resultados com bons retornos monetários. Foi Campeão do Mundo em 1974 e inclusive chegou a "amealhar" dinheiro no snowmobil para custear o principio da sua carreira nos automóveis. Talvez a sua facilidade em andar em pisos escorregadios, ou sempre muito atravessado, venha dessa escola do snowmobile.
A família quase sempre presente nas
corridas, aqui o filho Jacques no F1
Gilles tinha um conceito de família muito engraçado, pois quando começa a sua aventura nos automóveis, na época das corridas com uma motor-home levava  a família sempre com ele, tradição que manteve, sempre que possível, na Europa com a formula 1. 
Formula Atlantic
Num formula Ford, com dois anos, conseguiu ganhar sete das dez corridas do campeonato correspondente. Deu o passo seguinte que foi a então formula Atlantic onde se manteve até ao ano de 1977, ano em que ganhou todas as corridas do campeonato, sendo como é lógico Campeão do Canadá e do EUA.
1977 estreia na F1 com McLaren
Tal feito levou a McLaren a convida-lo para fazer cinco provas de formula 1 nesse ano, com um terceiro carro na equipa um M23 enquanto os seus colegas Hunt e Mass corriam com os novos M26. Os tempos foram muito animadores, mas a sua exuberante condução acabou em dois violentos acidentes.
Teddy Mayer, patrão da McLaren, não o reconduziu para o ano de 1978, por causa dos prejuízos causados nas anteriores corridas.
GP França ficará para sempre na
memória de quem vê formula 1
No entanto o multimilionário canadiano Walter Wolf, para quem Gilles já tinha guiado, recomendou-o à Ferrari, e quando do encontro com o Comendador Enzo Ferrari, digamos que foi amor à primeira vista, pois Enzo Ferrari mais tarde diria que quando viu Gilles, foi como rever Nuvolari pelas suas semelhanças físicas. 
Depois de uns testes na pista privada da Ferrari em Fiorano, Gilles ainda fez os dois últimos grandes prémios da temporada de 1977 e assinou para 1978.
Ferrari 312 T 5
No ano de estreia com a Ferrari para uma época completa, não foi por certo os resultados esperados. O contrato assinado entre a Ferrari e a Michelin que se estreava em formula 1 com pneus radiais, uma inovação na competição, levou tempo para serem competitivos, pelo que a época foi um fracasso, levando com que Carlos Reutemann saísse no fim do ano.
O Ferrari 126 C2 seria o seu último F1
Em 1979 entra para a equipa Ferrari o sul africano Jody Scheckter que seria no fim do ano Campeão do Mundo e Gilles é segundo a quatro pontos. Villeneuve poderia nesse ano ter sido ele o campeão não fossem algumas desistências. Ficam as três vitórias em GP. Nesse mesmo ano ficará para sempre na memórias de todos, as três últimas voltas do GP de França, em que Gilles e René Arnoux se ultrapassaram dezenas de vezes, juntaram rodas com rodas, e deixaram o resultado suspenso até ao fim.
O Ferrari 312 T 5 com o seu motor boxer 12 cilindros não tinha a arquitectura ideal para aplicar o efeito de solo, fundamental para nesse ano de 1980 os "carros asa" serem competitivos. A temporada foi um verdadeiro desastre. De favorito ao titulo, o décimo segundo lugar final com seis pontos foi uma enorme desilusão.
Quando o corpo foi projectado
Em 1981 é um novo ano sobre todos os aspectos para a equipa Ferrari, apenas Gilles vem da época anterior. Novo carro 126C e um novo motor Ferrari, um V6 biturbo. Novo colega de equipa Didier Pironi. A temporada rendeu mais duas vitórias, sendo que uma delas foi no mítico Mónaco. 
Os restos do Ferrari 126 C 2
A sua última época, infelizmente, de formula 1 acontece no ano de 1982. A FISA nesse ano obrigou todas as equipas a novas regras para a gestão de gasolina, pelo que obrigou as marcas a grandes habilidades para gerir isso. Quando no GP San Marino os dois Ferraris comandavam destacados, com Gilles  em primeiro, a marca mandou abrandar para gerir o consumo de gasolina. Gilles abrandou significativamente o andamento, mas Pironi aproveitou e passou por ele. Perto do fim Gilles passa Pironi, pensando que aquela anterior ultrapassagem tinha sido ideia de Pironi para entreter os espectadores italianos. Depois de estar em primeiro voltou a baixar o ritmo conforme as ordens que a equipa tinha anteriormente dado. No entanto na última volta Pironi volta a passar e não deu a mínima chance a Gilles, ganhando a corrida. Claro que no fim da mesma o ambiente ficou bastante tenso, devido à  discussão entre os dois pilotos, levando com que Gilles ao sentir-se traído tivesse jurado que nunca mais iria falar a Pironi. O grande prémio seguinte, o da Bélgica, en Zolder, começou com um ambiente pesado entre os pilotos Ferrari. Os treinos cronometrados no dia 8 de Maio, ficaram marcados com a morte Gilles Villeneuve aos 32 anos.
O tal sistema de fecho, inovador dos capacetes GPA
Perto do fim dos treinos cronemetrados,  Gilles procurava melhorar o seu tempo. Com o último jogo de pneus, apanha Mass que seguia em marcha lenta. Ao chegar na chicane a perto de 230 Km/hora não consegue evitar entrar pela traseira do carro de Mass. O Ferrari voa cerca de 100 metros, antes de bater no solo e desintegrar-se. Gilles ao partirem-se os apoios dos cintos, sai projectado com o banco agarrado ao corpo, indo embater numa vedação cerca de 50 metros à frente. O grande problema foi que o capacete que Gilles usava, da marca GPA, tinha um sistema de fecho novo sem as tradicionais correias, que cedeu e quando o piloto fez aquele voo de 50 metros para a morte, já lhe tinha saltado o capacete!!!
Transportado em estado muito grave, com respiração assistida para o hospital, foi diagnosticada uma fractura da cervical, pelo que foi mantido vivo com o suporte de vida, até à chegada da sua esposa, sendo a morte declarada pelas 21 horas desse mesmo dia.
O seu filho Jacques Villeneuve, veio a tornar-se piloto profissional, tendo ganho em 1994 nos EUA as míticas 500 Milhas de Indianapolis e o Campeonato CART. Em 1997 viria a ser Campeão do Mundo de Formula 1 pela equipa Williams.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Paola de Martini

Paola de Martini
Foi em Milão no ano de 1964 que nasceu Paola de Martini. Vinte anos depois dava os primeiros passos nos rallyes, com um Autobianchi A 112 Abarth, num troféu organizado pela marca italiana, em que foi a melhor concorrente feminina..
Troféu Autobianchi A 112 Abarth
Essa vitória fez com que Paola se lançasse na competição, e no ano seguinte 1985 estava ao volante de um Ford Escort XR3 i fazendo o campeonato italiano de rallyes, mas um acidente muito grave obrigou Paola a uma paragem.
O Ford Escort XR3i do acidente
Durante essa interregno Paola de Martini assinou um contrato com a Audi Italia, onde permaneceu durante seis anos e guiou vários modelos da marca em grupo A como o Audi 80 quattro, Audi 90 quattro, Audi Coupe quattro. Foi durante este período que nos fez uma "visita" ao nosso rallye, não passando nada despercebida pelo seu andamento muito vivo, num carro longe de ser competitivo. 
Audi 90 quattro rallye de Portugal
Em 1987 foi Campeã  Italiana Feminina de Rallyes, e no ano seguinte fez o Campeonato da Europa, tendo sido vencedora do Rallye de San Marino.
Argentina com Lancia Martini
Paola correu regularmente até 1993, quando fez uma paragem na sua carreira. Depois voltou em 2002 com um Subaru Impreza e com um Mitsubishi Lancer EVO9 e parou novamente em 2008. Na sua carreira guiou vários carros, mas os momentos mais marcantes foram, o Rallye da Argentina em 1990 com um Lancia Martini oficial e no ano seguinte o Campeonato Italiano com o Jolly Club Totip ambos com os Lancia Delta Integrale 16v.
Jolly Club - Lancia Totip
Audi Quattro S2
Ferrari 308 GTB








Toyota Corolla WRC


Ford Sierra Cosworth
Guiou ainda em rallyes um Ferrari 308 GTB, um Audi Quattro S2 e um Toyota Corrola WRC carro com que fez os últimos rallyes em 2008.
Paola de Martini ainda fez uma passagem pela velocidade no Campeonato Italiano com um Ford Sierra Cosworth.
Uma vez ao comentar uma foto de Paola no facebook, eu disse que tinha ficado tapada pela Mouton, e Paola teve a simpatia de me contactar e argumentar a minha opinião, dizendo que não teve a sorte pelo seu lado, pois Mouton teve a Audi que apostou nela e a lançou no Mundial como piloto oficial e manteve a aposta contra tudo e contra todos.
Fiquei esclarecido e rendido.
Arriverdeci bella e veloce Paola !!!