Nos tempos da F2 com a Martini |
Talvez devido ao envolvimento de algumas equipas, não só em formula 1 mas também nas formulas de promoção, os patrocínios dos tabacos, gasolineiras, e outros produtos foram o grande trampolim para os pilotos franceses chegarem à formula 1.
O nosso "homem" de hoje depois de ter abandonado os estudos de engenharia que tirava
para ingressar numa grande empresa de construções de seu pai, e tudo por culpa de um curso de pilotagem tirado no circuito de Paul Ricard.
Depois desse curso começou como todos pelas formulas de promoção da Renault até chegar às competitivas formula 3 e formula 2 sempre com equipa Martini e forte apoio da gasolineira elf que foi mantendo ao longo da sua carreira.
Vitória em Le Mans com a Renault e Jaussaud |
No Mónaco com a Tyrrell |
Sendo um piloto de formulas, sempre teve o fascínio por Le Mans, e com o "empurrão" da elf esteve lá por três vezes em 1976, 1978 e 1980. Das três tentativas a de 1978 resultou em grande, pois na companhia de Jean-Pierre Jaussaud ganhou a prova com um Renault A 442 B.
Com a Tyrrell sua primeira equipa de formula 1, estreou-se no GP da Argentina no ano de 1978. No ano seguinte manteve-se na Tyrrell, mas começava a ser cobiçado por outras equipas. As duas idas ao podiun nesse ano ajudou a Guy Ligier o levasse para a sua equipa durante o ano de 1980, onde conseguiu a sua primeira vitória como Ligier/Gitanes no GP da Bélgica.
Na Ligier a sua primeira vitória |
Com a Ferrari fez a época de 1981 e até à Alemanha em 1982 |
Enzo Ferrari já tinha o jovem francês debaixo de olho faz tempo, no ano de 1981 trouxe-o para a marca do cavalinho, com um contrato de dois anos, para fazer equipa com Villeneuve.
Foram dois anos complicados. O Ferrari apesar de um grande motor, tinha um chassi complicado, e nos anos dos "carro asa" um mau chassi tornava tudo complicado devido ao forte apoio aerodinâmico. Conseguiu duas vitórias, mas uma delas foi muito polémica, levando até a um corte de relações com o seu colega de equipa (ver crónica sobre Villeneuve). No GP da Alemanha de 1982, depois de ter feito a pole, e como chovia imenso, foi testar uns novos pneus de chuva da Goodyear. Estes pneus relevaram-se muito mais rápidos e Pironi estava a rodar cerca de 3" mais rápido que o seu colega de equipa, Patrick Tambay. O spray de água provocado pelos carros com efeito de solo (ou carro asa) era enorme, levando com que a visibilidade fosse muito má. Pironi quando se preparava para passar o Williams de Derek Daly, e com o Renault de Alain Prost á sua frente e a rodar muito lentamente, devido ao tal spray não consegue ver Prost e o embate na sua traseira a alta velocidade foi inevitável. Quando chegaram ao pé do Ferrari deparavam com uma imagem de terror, pois as pernas de Pironi estavam desfeitas e misturadas com os restos da frente do carro. O Dr. Sid Watkins ponderava seriamente em amputar-lhes as pernas para o conseguir retirar do local, pois o tempo passava e não conseguiam retira-lo do Ferrari, mas felizmente que Pironi esteve sempre consciente e pedia por tudo para não fazerem isso. Ao fim de muito tempo lá conseguiram evacuar o infeliz piloto para o hospital.
A imagem do violento acidente na Alemanha. |
Na sua longa recuperação |
A sua recuperação levou muito tempo e de cirurgia em cirurgia só quatro anos depois Pironi conseguiu finalmente caminhar com as duas pernas e sem auxílios. Nesse mesmo ano resolveu testar as suas capacidades com um AGS e mais tarde com um Ligier JS27, por incrível que possa parecer fez tempos muito rápidos e que era suposto voltar a ser competitivo. No entanto surge um problema: - Didier tinha recebido uma verdadeira fortuna da apólice de seguro que tinha e o deu como incapacitado para voltar à formula 1.
Pironi sabia que se regressa-se à formula 1, a seguradora lhe punha um processo e legalmente teria que devolver todo o dinheiro. Assim o francês resolveu que não voltaria a guiar um formula 1, mas como o "bichinho" estava lá, foi um instante para começar a correr em barcos.
A sua ultima paixão, o offshore Colibri |
Se pensou, melhor executou e preparou, com os seus amigos Bernard Giroux e Jean Claude Guenard, um offshore com dois motores Lamborghini que faziam 1.000 hp, a que deu o nome de Colibri.
No entanto no dia 23 de Agosto de 1987, ao largo da Ilha de Wight, sul de Inglaterra, numa prova ao saltar numa onda provocada pela passagem do petroleiro Avon, o Colibri virou-se e morreu Didier Pironi e os seus dois amigos.
Como curiosidade a sua namorada Catherine Goux, pouco tempo depois da sua morte deu à luz dosi gémeos a que deu o nome de Didier e Gilles em homenagem a uma das duplas mais famosas da Ferrari.
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