quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Keke Roseberg

E vamos lá saber porquê, numa altura em que os "finlandeses voadores" dominavam o mundial de rallyes, grandes especialistas das derrapagens prolongadas principalmente nos pisos de terra, eis que aparece o Keijo Erik Roseberg a andar nas pistas. Na verdade não mudava muito: Era muito rápido, a sua condução espectacular só os rails à volta do alcatrão trocava com os arbustos dos rallyes.
Nascido em Solna no dia seis de Dezembro de mil novecentos e quarenta e oito, este "finlandês voador" ficou conhecido na alta competição como Keke Roseberg. 
Com um Chevron de formula 2 no ano de 1977
Estreia na formula 1 em 1978 com a Theodore Racing
Roseberg foi o primeiro finlandês a correr na formula 1, e também o primeiro finlandês a ser Campeão do Mundo de formula 1, correndo em 128 grandes prémios, conseguindo cinco vitórias, cinco poles.
Em Imola com a Wolf Racing
O primeiro pódio de Keke na Argentina 1980
Keke Roseberg não começou a correr muito jovem e não passou pela escola do karting como a maioria dos pilotos de formulas, começando logo nos formulas V, saltando depois para as formulas Toyota Atlantic, Formula 5000 e Formula 2.
Depois de exibições de deixar toda a gente de "boca aberta" principalmente no molhado, levou a que o multimilionário de Hong Kong,  Teddy Yep em 1978 o contrata-se para a Theodore Racing.
Não seria um grande ano este da sua estreia, pois os carros que guiou nesse ano além do Wolf WR3 da Theodore Racing, o ATS D1 que a equipa alemã lhe ofereceu ao ter uma vaga, não eram nada competitivos.
Capacete by Sid Mosca
Williams FW08 e o titulo Mundial em 1982
No entanto no ano seguinte (1979), já seria uma época mais normal no aspecto que apenas guiou para uma equipa a Wolf, da qual tinha saído James Hunt, mas que em termos de resultados não houve melhorias notáveis sendo o ano também marcado pelos fracos resultados.
Keke Roseberg e Frank Williams antes do seu acidente 
1985 com o Williams FW10-Honda
O tal McLaren "dourado" da Marlboro em Portugal
Em 1980 a Fittipaldi comprou a Wolf e Keke Roseberg foi fazer companhia a Emerson na sua equipa, agora com o patrocínio das cervejas brasileiras Skol. O ano começou da melhor forma pois Keke foi ao lugar mais baixo do pódio no primeiro grande prémio da época a Argentina, mas não se voltaria a repetir durante essa época e até na seguinte em que continuou na Fittipaldi. Um caso curioso é que Keke Roseberg apareceu no primeiro grande prémio de 1980 (ano que entrou para a Fittipaldi) com o capacete todo branco. Isto porque o brasileiro Sid Mosca, que era o homem que pintava os capacetes de Emerson, Piquet, Senna etc passou também a pintar e redecorar o capacete de Keke, aproveitando o branco e azul que tinha e que eram as cores da Finlândia.
Keke e Nico quando este militava na GP2
Keke em 1991 no Peugeot  905 desistiu em Le Mans 
Vem o ano de 1982 e Keke Roseberg é convidado para guiar pela equipa Williams uma das mais competitivas do campeonato. Começando o ano no FW07C com o "velho" motor Ford Cosworth V8 atmosférico que nesta altura tinha uns 80 a 100 hp de diferença para a turbo concorrência  da Ferrari, Honda, TAG Porsche, Renault e BMW. Mudando a meio da época para o FW08 mas sempre com o motor ford, aproveitou a regularidade e a eficácia da sua condução para nesse ano ganhar o seu primeiro grande prémio, na Suiça e só com uma vitória chegou para ser Campeão do Mundo nesse ano.
Keke e Jabouille "pais" do 905
Keke no AMG/Mercedes e o pequeno Nico a espreitar
Roseberg continuou na Williams até 1985, mas desde 1983 com os motores turbo V6 da Honda. Foram três anos com as suas restantes quatro vitórias, mas sem voltar a repetir o titulo de campeão, ficando-se por um terceiro lugar final no último ano na Williams 1985.
Em Nurburgring no Mercedes 190 AMG
Em 1986 viria a ser o seu último ano de formula 1, e Roseberg assinou por uma época com a super equipa Marlboro McLaren. O McLaren MP4/2C com o motor Porsche desenvolvido pela TAG era um conjunto para ganhar, mas Roseberg acabaria o campeonato num modesto sexto lugar, apenas abrilhantado com um segundo lugar no grande prémio do Mónaco.
Na sua passagem pela McLaren fica uma curiosidade, que por acaso se passou no grande prémio de Portugal, quando o marketing da Marlboro testou a cor dourada muito clara no carro de Keke em vez do conhecido vermelho, isto por estar a sair o Marlboro light que era, e ainda é, dessa cor. Ficou essa imagem para a posterioridade.
Keke guiando m Opel Calibra do seu Team Roseberg
Keke Roseberg retirou-se mas continuou no meio, porque ao saber todas as dificuldades que teve que passar, em um finlandês, sem tradição nas pistas, conseguir equipas boas para a sua carreira, aproveitou os conhecimentos e credibilidade que tinha no meio, para agenciar outros finlandeses.  Foi o caso de J.J. Lehto e de Mika Hakkinen, este viria a ser campeão do mundo de formula 1 com a McLaren. Também foi ele, como seria de esperar, que tem gerido a carreira do seu filho Nico Roseberg, que se tudo correr bem mais tarde ou mais cedo virá a ser campeão do mundo.
Em 1990 mais um projecto para Keke Roseberg, mas este a guiar. A PTS Peugeot Talbot Sport ia lançar o seu projecto para a resistência e Keke juntou-se a Jean Pierre Jabouille na evolução do 905. Em 1991 também competiu pela Peugeot conseguindo duas vitórias.
Keke este ano mantendo os seus Ray Ban
Novo desafio para Keke Roseberg, se pôs no ano de 1992. O competitivo DTM campeonato de turismos alemão, e a Mercedes AMG "chamaram" Keke para guiar o Mercedes, e lá estava ele a fazer o que gosta e bem, isto é rápido.
Depois da Mercedes deu-se uma passagem para a Opel, primeiro como piloto da equipa oficial com os Calibra Turbo 4x4 e mais tarde com a sua própria equipa Opel onde foi piloto e quando a equipa acabou, para o DTM em 1995, já era só director.  Depois de um passagem pela formula BMW, formula 3 e A1GP o Team Roseberg voltou em 2000 ao DTM com carros da Mercedes e mais tarde com Audi.
Hoje em dia Keke Roseberg está completamente centrado na carreira do seu filho.




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