segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Pedro Rodriguez

Pedro Rodriguez de la Vega nasceu na cidade do México a 18 de Janeiro de 1940, filho de uma numerosa família, o pai ao o enviar com 15 anos para a Academia Militar Ocidental em Illinois, sem saber contribui e muito para o seu futuro como piloto, pois ficou a falar fluentemente inglês o que lhe viria a ser importante quando começou a correr nos EUA e na Europa. Começou a sua aventura nos desportos
Logotipo da equipa
motorizados a correr em motos no México e conseguiu ser campeão nacional em 1953/1954.
Em 1957 fez a sua estreia nos automóveis com um Ferrari 500 TR em Nassau nas Bahamas. O seu pai com a Scuderia Rodriguez quis internacionalizar dos seus filhos, Pedro e o irmão mais novo Ricardo, através da compra ou aluguer de carros Porsche ou Ferrari.
Vitória em Le Mans no ano de 1968 com Ford GT40
Tentou no primeiro assalto a Le Mans em 1958 com o Ferrari 500 TR inscrever os irmãos, mas por questão regulamentar, a idade de Ricardo, não foi possível acabando Pedro por correr com José Behra irmão de Jean Behra. Esta seria a primeira das 14 participações em Le Mans com vários
Pedro com o irmão Ricardo
carros da Porsche e Ferrari, mas apenas em 1968 com um Ford GT40 da equipa JW, acompanhado do belga Lucien Bianchi venceu em Le Mans. Em 1962 teve um grande revés na sua carreira com a morte do seu irmão Ricardo piloto oficial da Ferrari, que durante os treinos para o GP México prova extra campeonato em que corria com um Lotus 24 da equipa de Rob Walker que veria a morrer num acidente brutal na curva Peraltada.
Com o Cooper - Maserati teve a primeira vitória em F1
Rodriguez ponderou seriamente abandonar as competições, no entanto a vitória em Daytona e a estreia na F1 com um Lotus vieram a dar outro animo ao mexicano. Entre 1963 e 1966 Pedro participou esporadicamente em F1 com o Lotus 25 e 33 e o Ferrari 156.
Com a BRM em 1968
Em 1967 fez uma época quase completa de F1, disputou 8 GP, com um Cooper T81 / Maserati acabando por ficar em sexto do campeonato e ganhou o seu primeiro GP em Kyalami na África do Sul. Em 1968 voltou a repetir o sexto lugar final do campeonato, mas
Passagem pela Ferrari em 1969 com o 312
desta vez a guiar pela BRM tendo feito doze corridas. Em 1969 foi o ano de ter guiado em F1 para a Ferrari e com a marca italiana disputou seis GP. No que diz respeito à F1 em 1970 e 1971 voltou a guiar pela BRM com um P153 em 1970 que voltou a
BRM P160 o último F1 que guiou
ganhar um GP o da Bélgica e foi sétimo no campeonato e com o P160 o último F1 que guiaria, só faria cinco GP tendo até essa altura um 2º lugar na Bélgica à chuva que era a grande especialidade de Rodriguez.
Com o Ferrari 330P2 da NART
Pedro Rodriguez sempre focou mais a sua carreira nos sport protótipos onde guiou como oficial Ferrari, como semi oficial da Ferrari através da NART de Luigi Chinetti com quem tinha uma grande relação de amizade, pela Porsche oficial e ainda guiou pela BRM na Can-Am.
O belo Ferrari 250 GTO ganhou várias provas
Nas muitas provas de Ferrari talvez as vitórias em Montlhéry em 1961 e 1962 com um 250 GTO ou a vitória na classe no Targa Florio de 1965 e também a classe em Le
Com o Ferrari 312P
Mans com Nino Vacarella num 365P2 tenham sido as mais relevantes.
Em 1970 Pedro rumou para a grande rival da Ferrari nas corridas de sports a Porsche e foi com os memoráveis Porsche
Com o Porsche 917K ganhou várias provas
917K acompanhado do finlandês  Kinnunem que ganhou as 24 horas de Daytona onde se juntou Redman, os 1000 Kms de Monza e Brands Hatch e as 6 horas de Watkim Glen.
Em 1971 mas nesse ano
Também fez provas no Porsche 908/03
fazendo equipa com Jack Oliver voltou a ganhar as 24 horas de Daytona e os 1000 Kms de Monza onde juntou os 1000kns de Spa e os 1000 Kms de Zeltweg mas nessa prova fez equipa com Richard Attwood.
No entanto o seu desejo de estar sempre ao volante de um carro
O Ferrari 512M em Norisring
de corrida, viria a lhe ser fatal. Com contrato para correr durante o ano de 1971 na BRM em F1 e Can-Am e com a Porsche na resistência. A BRM convidada para fazer em Norisring uma prova extra aberta a várias categorias depois de ter aceite, não conseguiu ter o carro pronto com problemas de motor e Pedro pediu autorização à BRM para correr  com um Ferrari privado do
Capacete aberto cinza com lista azul ...
seu amigo e ex colega Herbert Muller, pedido esse que foi aceite ... em má hora. Pedro Rodriguez apresentou-se à partida de Norisring com o Ferrari 512M e quando discutia a vitória, não conseguiu evitar o Porsche de um concorrente atrasado que fez o Ferrari bater violentamente no muro de um viaduto, tendo explodido com o embate, provocando a morte ao piloto mexicano.
... que manteve no integral.

Pedro Rodriguez de la Vega enquanto correu teve sempre a mesma decoração no seu capacete.  
Placa colocada no muro de Norisring

Não sei a origem das cores mas ficaram para sempre na memória de todos o cinzento prateado com as listas a contornar o capacete em azul no inicio que mais tarde trocaria por preto.

Em Norisring no muro onde se deu o embate fatal esta uma placa a lembrar esse triste acontecimento, que tirou a vida ao mais promissor piloto mexicano até aos nossos dias.

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