quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Gordon Murray

Nascia em Durban, África do Sul, a 18 de Junho de 1946, filho de emigrantes escoceses Gordon Murray que viria a ser um dos génios criativos da formula 1 ... e não só.
O seu gosto pelos automóveis levou-o a ingressar na Universidade de Tecnologia de Durban onde se formou engenharia mecânica.Com o gosto pelas corridas levou com que entre 1967 e 1968 corre-se na classe nacional com um carro da sua autoria o IGM - Ford.
Em 1969 mudou-se para Inglaterra na esperança de integrar a Lotus Car, mas acabou por ingressar na Brabham.
O seu primeiro F1 o Brabham BT42
Quando Bernie Ecclestone tomou conta da Brabham promoveu o jovem Murray a "Chief Designer" sendo o seu primeiro projecto o Brabham BT42 entregues a Reutmann e Wilson Fittipaldi notando-se logo a sua veia de genialidade. Entretanto em 1975 entrou o apoio da Martini na equipa e o novo Brabham BT44 B além de eficaz era dos carros mais bonitos, quase que me atrevia a dizer ... de sempre da formula um.
Brabham BT44 B um dos mais bonitos de sempre

Em 1976 a Brabham tem um novo fornecedor de motores, a Alfa Romeu que obrigou Murray a um novo conceito de chassi para poder "albergar" o grande boxer 12 cilindros italiano bastante potente, mas muito "gastador" e também nem sempre dando as necessárias garantias de fiabilidade.
1976 a nova era da Brabham com motores Alfa Romeu

Foi então em 1978, já farto de não encontrar soluções eficazes para fazer andar mais lá na frente os Brabham/Alfa, que veio mais um rasgo da génio de Murray com o Brabham BT46/Alfa Romeu. 
Niki Lauda com o Brabham BT46B o "fan car"

Niki Lauda, que tinha saído da Ferrari levou o BT46 à vitória no GP da Suécia através de uma engenhosa ventoinha montada por trás do motor e que sugava o ar debaixo do carro fazendo o tal "efeito de solo" ... mas logo foi proibido pela FIA por a tal ventoinha ser considerada perigosa !!!
A famosa ventoinha dos Brabham


Para acabar a época depois da proibição Murray teve que rever o projecto para trabalhar sem ventoinha :) e mesmo assim o novo BT46B/Alfa Romeu ainda ganhou, novamente com Lauda o GP de Itália. No fim de 1979 acabou o contrato de motores com a Alfa Romeu e a Brabham voltou aos tradicionais Ford V8, com que Murray pode voltar à sua versão de "carro asa".
1981 título mundial pata Piquet e o Brabham BT49B

Logo em 1981 Piquet ganha o seu primeiro título mundial com o Brabham BT49B/Ford e a Brabham ficou com o vice campeonato. Em 1982 novo fornecedor de motores, a BMW entrega o seu M12/13 um quatro cilindros turbo de 1.5 litros, que volta a obrigar Murray a refazer as contas dos próximos projectos.
Novo título de Piquet em 1983 com o Brabham BT52B

Não foram precisas muitas contas pois o bom chassi do Brabham BT52B e a potência do motor BMW (+ 1.000HP) voltaram a dar novo título a Piquet em 1983. Esses bons resultados vieram a dar a Murray, mais segurança para poder arriscar num inovador projecto visto que o "efeito de solo" estava comprometido pela proibição da FIA no uso de "saias".
A equipa do novo projecto Brabham BT55

Depois de trabalhar nesse novo projecto em 1985, foi no ano seguinte que com a nova dupla de pilotos Patrese e De Angelis o novo Brabham BT55 deixava o mundo de boca aberta devido a seu desenho. Era um F1 super baixo com uma posição de condução quase deitado.
Aqui vê-se bem a altura mínima do Brabham BT55

No entanto os resultados não foram nada positivos, embora Murray continua-se a acreditar no projecto que segundo ele o problema foram dois. A troca dos pneus Michelin com quem trabalhavam faz anos, pelos novos Pirelli e também porque este chassi necessitava de um motor mais compacto e mais baixo, tipo do V6 da Honda ou da TAG/Porsche para ter "ar limpo" na asa traseira.
Murray na McLaren com Dennis, o boss e Senna

Em 1987 Gordon Murray a convite de Ron Dennis entra para a McLaren, substituindo John Barnard e para integrar a equipa de Steve Nichols com as evoluções do chassi MP4.
1988 primeiro título de Senna com o McLaren MP4/4

Logo no segundo ano e com o McLaren MP4/4 Honda com "toques" do projecto BT55, Senna conquista o seu primeiro título mundial e o MP4/4 ganhou 15 dos 16 GP do ano.
Com Senna em 1990 e 1991 e com Prost em 1989 a McLaren e as evoluções do MP4 ganharam o mundial de pilotos e construtores, mas o envolvimento de Murray nos dois ultimos de Senna já não foi tão grande, pois tinha-lhe sido entregue um novo projecto o McLaren F1.
McLaren F1 ou o três lugares

Ora o McLaren F1 era um super carro desportivo que a McLaren apontava começar a produzir em 1992. Murray aplicou tudo o que sabia da competição como por exemplo ser o primeiro carro de estrada a ter um chassi em carbono e outras materiais nobres que trouxe da formula 1 assim como alguns conceitos. Por exemplo o carro tinha três lugares, todos na frente e ao meio é que ia o condutor, Murrey chamou Peter Stevens para os acabamentos exteriores e interiores e como previsto o carro começou a produção de 1992 e manteve-se em produção até 1998. 
Murray ao lado do "seu" McLaren F1 vencedor de Le Mans

Claro que com tanto ADN de competição, o mesmo acabaria por correr em sportscars com muito sucesso acabando inclusive por ganhar as 24 horas de Le Mans de 1995.
Mercedes Benz SLR / McLaren ... by Murray

Mais tarde Murray ainda esteve num outro projecto feito na McLaren a pedido da Mercedes o exclusivo Mercedes Benz SLR / McLaren, também ele um super carro.
Em 2007 abre a sua empresa de consultoria a "Gordon Murray Design" que está envolvida em
Projecto de carro citadino T.25
vários projectos, tão distintos como os de um carro citadino ecológico e económico o T.25,
TVR TYPHON
até aos novos e desportivos TVR que saíram no fim de 2017, sobre o projecto de Murray.
TVR GRIFFITH

Em 2008 Gordon Murray ganhou o prémio "ideia do ano" atribuito pelo Ministério da Industria Inglês em conjunto com o RACC.
Gordon Murray vive em Surrey com a esposa Stella Gane.
Gordon Murrey nos dias de hoje


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