quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Patrick Depailler

Com o March de formula 2
Realmente os anos "franceses" na formula 1 foram os anos 70 e 80. Havia um lote enorme de pilotos gauleses nas mais competitivas equipas de formula 1, e um desses "guerreiros gauleses" era Patrick Depailler.
Em 1972 estreia com Tyrrell na formula 1
O seu percurso, como na maioria dos pilotos de formulas, começou nas formulas de promoção francesas, e antes do ingresso na formula 1, foi claro a formula 2 com a Alpine e a March. Em 1970 também fez sportscar com a equipa Renault. Foi campeão Francês de formula 3 em 1971, campeão Europeu de formula 3 em 1974 e venceu o sempre prestigiante grande prémio do Mónaco em formula  3 no ano de 1972.
Com a Renault nas provas de Sportscar
A vitória de formula 3 no Mónaco, abriu a porta para uma primeira experiência com um "velho" Tyrrell 004 na formula 1, fazendo o grande prémio de França e USA em Watkins Glen onde conseguiu acabar em 7º lugar.
Em 1974 primeira época de F1
Com o 008 na última época na Tyrrell em 1978
Em 1974 seria a sua primeira época completa como piloto de formula 1, com a equipa Tyrrell.
Um carro que fez história na F1 o P34 (seis rodas)
A Tyrrell passava por dias muito complicados, pois tinha ficado sem pilotos para a nova época visto que Cévert morre no fim do ano de 1973 no USA e Stewart resolve abandonar as corridas por causa da morte do seu amigo. Nesse primeiro ano o seu colega de equipa foi o sul africano Jody Sheckter. Manteve-se na Tyrrell até ao fim da época de 1978 guiando durante esse tempo os modelos 005, 007, 008 e o mítico P34, mais conhecido pelo Tyrrel de seis rodas. Todos estes anos da Tyrrell apenas renderam três subidas ao podium, sempre no degrau mais baixo do mesmo.
O belo Ligier/Gitanes JS 11
Asa-delta ... quase o fim da carreira
Com a saída da Tyrrel, resolve assinar pela competitiva Ligier/Gitanes para a temporada de 1979. Tinha tudo para dar certo essa nova época, pois com um carro ganhador, o JS11/Ford V8, e numa boa forma, começou a ficar com a moral em alta após a vitória em Espanha, o 2º lugar no Brasil, o 4º lugar na Argentina e dois 5º lugar respectivamente no Mónaco e USA, metiam em segundo plano as desistências na Bélgica e África do Sul, sendo um sério candidato ao titulo para a disputa das restantes oito corridas que faltavam.
O Alfa Romeu 179 em que viria a ter o acidente fatal
No entanto uma das grandes paixões de Depailler era praticar asa-delta. Sendo um praticante exímio, no entanto em Junho, perto da sua Clermont-Ferrand natal, tem um grave acidente em que fracturou gravemente as duas pernas e um calcanhar, acabando aí a sua promissora época de formula 1.
A sua recuperação foi bastante longa e até por vezes existiram dúvidas se voltaria, ou como voltaria, levando a sua equipa a contratar Didier Pironi para o seu lugar.
A Alfa Romeu, com o potente motor V12 e os dollares da Marlboro, resolveu dar um voto de confiança ao francês e contratou-o para a época de 1980.
Não começou a época na melhor condição física, mas o carro era super rápido e Depailler fazia sempre bons lugares para a grelha, no entanto em prova a fiabilidade do Alfa Romeu deixava muito a desejar. Das oito corridas disputadas, desistiu em sete e não se classificou numa, sempre por rotura do V 12 italiano.
Os restos do Alfa Romeu depois do acidente em Hockenheim
No intuito de dar mais fiabilidade ao motor italiano, a Alfa Romeu encontrava-se em testes de preparação do grande prémio da Alemanha no super veloz circuito de Hockenheim (versão antiga que entrava pela floresta negra), quando  no dia 1 de Agosto, a oito dias de completar 36 anos morreu de acidente Patrick Depailler. Na muito, mas mesmo muito, rápida curva Ostkurve, por quebra da suspensão o Alfa Romeu foi embater violentamente no rail, saltando o mesmo e capotando, causando graves lesões na cabeça do piloto que lhe provocariam a sua morte.


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