domingo, 22 de fevereiro de 2015

Tom Pryce


Tom Pryce foi o primeiro, e o único até hoje,  galês a disputar provas de formula 1.

O seu processo é igual ao de muitos pilotos de formulas, isto é:
- Um curso numa das prestigiadas escolas de formulas britânicas, formula ford, formula super v, formula atlantic, formula 3 e formula 2 até chegara ao topo, ou seja a formula 1.
Eis o March de F3 que levou à vitória no Mónaco/1974
O modesto Token de F1
Dessas passagens temos de destacar, a sempre importante para qualquer piloto, vitória no Mónaco 1974 em formula 3. Era, ainda hoje é, o maior cartão de visita de um piloto para os "boss" da formula 1, devidos ás características especiais desse circuito, onde se costuma dizer que a condução é muito mais importante que o carro com que se participa.
O Shadow DN5 com que correu em 1975
Tom Pryce chega no ano de 1974 à formula 1 na modesta e nova equipa Token, fazendo a sua estreia no grande prémio da Bégica, que não acabou.
Aqui o Shadow DN8 que fez a época de 1976
1977 o DN8 com as novas cores que Zorzi "trouxe"
 Entretanto como escrevi atrás, nesse ano disputou o grande prémio do Mónaco com um March de formula 3, e conseguiu vencer a prova, levando com que o equipa UOP/Shadow  lhe confiasse um DN3 de formula 1 para o resto da temporada, em que das oito corridas que fez o melhor que conseguiu  foi um 6º lugar na Alemanha.
Tom Pryce manteve-se na Shadow por mais dois anos, até ao fim da sua curta carreira no ano de 1977, conduzindo os modelos DN5 e DN8.
O galês conseguiu na sua carreira dois podium, sempre no lugar mais baixo (3º), em 1975 na Austria e em 1976 no Brasil.
Quando o Shadow parou ainda com Pryce ao volante
Vêm o ano de 1977 e com o Shadow DN8, com novas cores e com o novo colega italiano Renzo Zorzi, inicia a época com duas desistências na Argentina e no Brasil e chegamos ao grande prémio da África do Sul.
Este grande prémio ficaria marcado para sempre na história da formula 1. Foram duas mortes completamente macabras, fruto da inexperiência dos comissários e do azar de Tom Pryce.
Decorria a volta 22 quando o seu colega de equipa, Renzo Zorzi, tem problemas de pressão de gasolina e encosta o seu carro no lado esquerdo da pista, tendo o mesmo um princípio de incêndio.
Os primeiros socorros a Tom Pryce
Rapidamente e sem pensarem dois comissários (Bill e Van Vuuren) atravessam a pista para apagar o principio de incêndio no carro de Zorzi. 
Era uma longa recta e ao mesmo tempo que os comissários tomam esta decisão entram na recta colados Hans Stuck, Pryce, Laffite e Nilsson. Chegando perto dos comissários, que atravessavam a pista, a 270 Km/h,  Stuck consegue desviar-se com uma guinada brusca deixando os dois infelizes na frente de Tom Pryce. O primeiro comissário Bill consegue "fugir" de Pryce, mas Van Vuuren que corria com um extintor de 18 Kg na mão não têm a mínima hipótese e é colhido pelo Shadow, que o levanta ás cambalhotas a uma altura incrível, dando a ideia a quem via que parecia despir-se. O mais dramático disto é que o extintor de 18 Kg acerta em cheio no capacete de Pryce que ia a mais de 270 Km/h, arrancando-lhe de imediato o capacete da cabeça !!!
O desenho de como ocorreu o acidente
O fim foi terrível, digno de um filme de terror, o infeliz comissário cai completamente mutilado no lado da pista, e o Shadow de Pryce desgovernado segue pista fora arrastando consigo o Ligier de Laffite, felizmente sem problema, para o lado contrário da pista indo embater ambos os carros na barreira.
O infeliz Tom Pryce também teve morte imediata, neste fatídico dia 5 de Março de 1977, um dos dias mais negros da formula 1. Para terem a ideia de como ficou o comissário logo na hora para fazer a identificação do mesmo tiveram que chamar todos os comissários a torre de controle e por exclusão de partes ao fazerem a chamada dos nomes chegaram à conclusão que era Van Vuuren o mutilado e desfigurado comissário.









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