segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

" IL MITO"

Giacomo Agostini italiano hoje com 74 anos nascido em Brescia é unanimemente considerado o melhor dos melhores, daí a sua alcunha ... "Il Mito". Não foi nada fácil a Agostini chegar onde chegou, pois o seu pai foi sempre contra as corridas, e ele teve que fazer de tudo, inclusive roubar, coisa que não se orgulha, para poder disputar as primeiras provas de 
Morini a mota que o projectou
estrada e rampa. Porém em 1963 Aurélio Agostini, seu pai, resolveu deixar nesse ano tentar a sua chance, num género de tudo ou nada, e Giacomo aproveitou bem ao se sagrar campeão de Itália em 175cc com uma Morini. No fim desse ano o piloto oficial da

Morini, Tarquinio Provini, saiu para a Benelli e o Conde Morini convidou Agostini a
Inicio da lenda Ago / MV Agusta


ocupar o lugar. Com a Morini 350cc oficial Agostini é campeão de Itália em 1964 e ao fazer o 4º lugar no GP Monza, com isso chamou a atenção a outro Conde, o Conde Doménico Agusta que contratou o jovem italiano para a sua equipa, a MV Agusta, para se juntar a Mike
1965 primeiro ano na MV Agusta
Haliwood. Logo no primeiro ano 1965 Agostini foi disputar a classe de 350cc e só perde o título mundial na última prova, Japão, e por falha mecânica para Jim Redman e a Honda que passaram a ter Mike Hailwood ao seu lado na época de 1966.  
Agostini e a MV Agusta renderam 14 títulos !!!
Agostini fica chefe de fila da equipa MV Agusta em 350cc e 500cc. Este "brinde" que lhe calhou foi aproveitado de uma maneira exemplar pelo italiano, que junto a sua inteligência em gerir as corridas e o seu talento natural para guiar muito ... mas muito mesmo acima da 
Modelo da AGV com seu nome um sucesso
média fizeram com que Agostini e a MV Agusta ganhassem durante sete anos consecutivos o título mundial em 350cc e 500cc além de 10 vitórias no TT Ilha de Man, feito único para um não britânico.  Ago como 
Uma bomba a saída da MV para a Yamha
era conhecido deixava o mundo motociclista rendido tamanha era a sua superioridade ... era um mito !!!

Sendo um "produto" que vendia de tal forma que a AGV marca de capacete que sempre usou, resolveu criar um modelo especial para mota com o seu nome que foi um dos maiores sucessos da marca. Em 1972 quando o seu íntimo amigo Gilberto Parlotti morreu
Venceu Daytona 200 na estreia da 750cc
durante o TT Ilha de Man, Ago resolveu boicotar a prova declarando que nunca mais lá correria e que era um perigo correr  no circuito da Ilha. Em 1974 uma autêntica explosão nuclear cai no padock dos GP, Agostini assinara, depois de 10 anos na MV Agusta, um contrato super  
1º titulo de um 2 tempos em 500cc
milionário com a Yamaha. A sua primeira prova com a marca japonesa foi a Daytona 200 onde com uma 750cc acabou por vencer ... entrada com o pé direito. Nesse mesmo ano (1974) venceu de Yamaha o mundial classe 350cc, falhando o título de 500cc por várias falhas mecânicas e lesões.
1976 ano louco, aqui MV Agusta 500cc
Em 1975 ganha então a classe 500cc. Foi a primeira vez que uma moto a 2 tempos ganha esse campeonato. Esse seria o seu último título mundial, já com 33 anos. 
Em 1976, apesar de ter Yamaha a equipa era sua com o forte apoio da Marlboro o que lhe deixou a
1976 o tal ano aqui de Yamaha 350cc
liberdade de usar outras marcas.
Assim em Assen ganhou as 350cc com uma Yamaha para pouco depois em Nurburgring ganhar as 500cc de ... MV Agusta sendo a última vitória de uma MV Agusta e de uma mota a quatro tempos no mundial. Ainda nesse ano também utilizou em três provas uma Suzuki RG500. 
Giacomo Agostini também disputou de Yamaha os campeonatos de 750 nos
1976 aqui Suzuki RG500
anos de 1975/1976/1977 mas apenas conseguiu um 3º lugar final no campeonato de 1977.
E foi precisamente nesse ano de 1977 que "Il Mito" resolveu abandonar as duas rodas quando já só
O célebre capacete de Ago ...
conseguiu acabar o campeonato na classe rainha a 500cc num 6º lugar final. 
Giacomo Agostini, "Ago", "Il Mito" resolveu sair mas deixou como "cadastro" apenas ... 15 títulos mundiais. Em 350cc 7 títulos de 1968 a 1974 e 54 vitórias, em 500cc 8 títulos de 1966 a 1972 de MV e em 1975 de Yamaha e 68 vitórias. 
Deixou de se ver nas
... aqui na versão integral
pistas o capacete com a sua pintura característica desde a primeira hora. Uma faixa branca ao meio do capacete que começa a fechar para depois voltar a abrir no fim e que separa uma metade vermelha da outra verde com uma faixa dourado toda à volta no fim do capacete. Ainda hoje a AGV comercializa uma réplica da pintura de Giacomo Agostini.
O Chevron F2
Tentado a seguir as pisadas de dois nomes grandes das duas rodas, John Surtees e Mike "Bike" Hailwood, Agostini tentou os formulas andando em F2 com um Chevron B42/BMW numa altura que a F2 era um importante patamar para chegar à F1, com ele
Com os colegas Patrese e de Angelis 
correram os italianos Ricardo Patrese e Elio de Angelis que depois viriam a ter muito protagonismo na F1.
Foi à F1 que Giacomo não conseguiu chegar ficando pela formula Aurora uma F1 mais
Williams FW06 de F1 para Ago
fraca onde Agostini com a sua própria equipa disputou com um Williams FW06 e apenas conseguiu como melhor resultado um 6º lugar em 1979. 
Resolveu abandonar as competições em 1980, para nunca mais voltar , como piloto, nem nas duas rodas nem em quatro rodas.
No entanto a adrenalina das corridas fez com
Agostini director da Yamha Marlboro 500 e 250
que Agostini voltasse aos circuitos numa nova tarefa, director de equipa e assim pode passar aos mais novos toda a sua vasta experiência no motociclismo. Em 1982 foi director do Marlboro/Agostini/Yamaha que
Na Cagiva entre 1992/1994
disputou os mundiais de 500cc com Eddie Lawson estando em dois títulos mundiais do mesmo. A partir de 1986 também tinha a seu cargo a equipa de 250cc onde passaram Luca Cadalora, Martim Wimmer e Alex Crivilé entre outros. Depois de 1992 a 1994 foi
Agostini sempre notícia onde vai.
exercer as mesmas funções na Cagiva tendo como pilotos John Kocinski e Doug Chandler.

Acabou essa sua fase de director no ano de 1995 com Doriano Romboni numa Honda 250cc.
Hoje o mito limita-se a passear pelos GP fazendo acções de promoção a marcas em que esteve ligado.




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