domingo, 4 de dezembro de 2016

"Mike The Bike"

Stanley Michael Bailey Hailwood, inglês nascido a 02/04/1940 em Langsmeade House, mundialmente conhecido por Mike Hailwood ou nos meandros do motociclismo por "Mike The Bike". O seu pai tinha um negócio de
Honda primeira marca oficial
motos, pelo que desde muito novo começou a desafiar as leis da física. A sua primeira corrida foi em 1957 quase com 17 anos. Em 1958 Mike começou a brilhar nas classes 125cc-250cc-350cc que lhe valeu o prémio Pinhard que é atribuído
A MV Agusta foi a sua segunda marca
anualmente à maior revelação até 21 anos.
Em 1961 já estava a correr oficialmente pela Honda e fez logo um recorde ao ganhar em 3 classes (125-250-500) na Ilha de Man e também ganha nesse ano o seu primeiro titulo mundial na
Benelli foi outra marca
classe 250cc. Em 1962 troca a Honda pela italiana MV Agusta e continuou na senda dos recordes ao estabelecer o de quatro títulos mundiais de 500cc seguidos. Voltou para a Honda nas épocas de 1966 e 1967 e ganhou mais 4 títulos mundiais em 250cc e 350cc.
Mike Hailwood ficará para sempre na história da Ilha de Man por ter ganho 12 vezes a prova e em 1967 com uma Honda bateu o recorde da volta mais
rápida a uma média de 175,05 Km/h recorde esse que durou oito anos.
O Lotus 25 de F1 que guiou em 1963, 1964 e 1965
Em 1968 quando estava pronto para assinar pela Honda, a marca decidiu abandonar a competição e Mike resolveu ir para a África do Sul e montar uma empresa de construções com o ex-piloto Frank Perris. No entanto a Honda com medo que ele voltasse às pistas com outra marca resolveu pagar-lhe 50.000 libras (o equivalente hoje a uns 3 milhões de euros) para não correr e aparecer em alguns eventos de Honda.
3º lugar em Le Mans 1969 de Ford GT40
Entretanto Mike que já tinha em 1963, 1964 e 1965 guiado um Lotus 25 de formula 1 da equipa Parnell embora sem grande sucesso pois apenas fez a época de 1964 completa, acabando em 21º lugar no fim do campeonato, acabou por 
A BSA/Triumph com fez Daytona
resolver em 1969 entrar nas 24 horas de Le Mans ao volante de um Ford GT 40 oficial na companhia de David Hobbs. O excelente 3º lugar final foi um bom prémio. Ainda correu em Le Mans nos anos 1970/73/74 mas sem acabar. Mas o chamamento das motos é mais forte e em 1970 resolveu voltar com uma BSA/Triumph e fazer as 200 milhas de Daytona mas acabou por desistir depois de ter andado bem classificado. Voltou em 1971 novamente na BSA/Triumph.       Desta vez arrancou da primeira fila ainda  
Com a Surtees esteve 3 anos na F1
comandou durante muito tempo mas ... acabou por desistir.
Em 1971 marca também a sua reentrada na formula 1 a guiar pela marca do seu amigo e ex-colega de motos John Surtees,
Campeão em 1972 de F2 no Surtees TS10
onde se manteve até 1973 embora sem resultados de relevo. Mas em formula 2 também com a Surtees conseguiu ser campeão com um TS10 no ano de 1972. Não convencido em 1974 fez uma época na Yardley McLaren e com um M23 fez um 3º lugar na África do
1974 na equipa Yardley - NcLaren
Sul e acabou a época num 11º lugar apesar de perder os últimos 4 grandes prémios por causa de um acidente grave que teve no GP da Alemanha que o fez arrumar o capacete. Quatro anos depois em 1978 resolveu
Regresso com 38 anos à Ilha de Man
voltar mas para o seu primeiro amor as corridas de motos. Nessa altura começava a ter grande adesão uma nova classe de desportivas tipo das superbike e "Mike The Bike" voltou à Ilha de Man com uma Ducati 900 SS. Apesar dos seus 38
A sua última competição com uma Suzuki
anos, não só foi competitivo como venceu para espanto de toda a gente. Entusiasmado com esse sucesso no ano seguinte Mike voltou à "sua" ilha de Man com um cocktail bem explosivo, uma Suzuki RG 500 a dois tempos e depois de uma luta enorme pela vitória contra uma Honda 1000 acabou ... por perder por 2 segundos.

O seu  Rover SD1 depois do acidente fatal
Esta foi mesmo a sua última participação de Mike Hailwood em competição. Foi viver para Birmingham e em conjunto com outro piloto abriram um concessionário das motos Honda.
Mike Hailwood foi um playboy

E foi em Fevereiro de 1981 que saiu com os dois filhos, Michelle e David, para ir comprar comida no seu Rover SD1, quando um camião  a fazer uma manobra imprudente e ilegal colidiu com o carro provocando a morte imediata à filha e a de Mike Hailwwod dois dias depois devido às graves lesões internas que
Os capacetes abertos
tinha. Mike sempre viveu a vida "bem vivida" pois foi, nas motas, um piloto pago acima da média fruto dos suas conquistas. Frequentador do jet-set internacional e um playboy incorrigível nos anos em que não correu arranjou sempre
Primeira pintura no integral
outra maneira de ganhar bom dinheiro, além dos negócios claro. Em 1964 escreveu junto a Murray Walker, jornalista, o livro "The Art of Motorcycle Racing" e em 1980 escreveu o seu livro de memórias onde
Pintura final no integral
tem uma passagem curiosa que nos deixa a pensar. Em determinada altura do ano de 1967 Mike tem uma paixão pela canadiana Elizabeth McCarthy e Mike pede-a em casamento. Elizabeth recusa porque dizia não ter nexo casar com alguém
A sua campa e da filha
que poderia morrer em cada fim de semana, ao que Mike respondeu:"Não!!! Não tem problema só vou morrer aos 40 anos num acidente com um camião, segundo me disse um adivinho quando vivi na África do Sul".

Mike Hailwood foi um talento natural para com tudo que tivesse rodas, mas foi nas motas com os seus 9 títulos mundiais (3 em 250cc, 2 em 350cc e 4
No funeral com capacete na urna
em 500cc) e as 14 vitórias nas célebres e terrível Ilha de Man onde melhor exprimiu todo o seu talento. 

Nos automóveis além das épocas de F1 com a Surtees que não era um carro ganhador e da época incompleta na McLaren não teve resultados de relevo, o mesmo não se pode dizer da F2 onde no Surtees TS10 foi campeão no ano de 1972.

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